A jogada foi tão exuberante que o coreano-brasileiro da equipe goiana não podia deixar por menos, pois de fora da área mandou um balaço no ninho da coruja para esticar o véu da noiva santista.

O guarda-metas da esquadra praiana, em noite que não estava para “peixe”, sucumbiu perante o escrete rubro-negro da Campinas do Cerrado.

Os “meninos da Vila” em respeito e reverência aos “gols de placa”, talvez fizeram menor que isso uma invencibilidade de doze jogos no Brasileiro, e não conseguiram mexer no seu “zero” do placar, pois poderiam nodoar a “obra-prima”…

Atravessar o Meia Ponte para fazer feitos, se não é uma rotina, tem se tornado uma surpresa não pouco recorrente…

Para nós, os goianos do pé rachado e todos os demais que sempre repetem “respeitem as cores!” por convicção de torcedores, sabemos que ainda tem muito caroço de pequi para roer até o fim do campeonato.

Mas a alegria dos aficionados dos clubes “primos pobres” do campeonato nacional, por sua instável e difícil sustentabilidade, face a forças tão inúmeras que tendem a fazê-la uma “marola de praia” que se perde em suas espumas, deve ser comemorada como um título, a cada pequena conquista, antes que a jabuticaba fique fermentada…

Que não estranhem então os de outra tradição e de posição cativa na ribalta, cujos clubes preferidos os poderes econômicos, políticos e todo o “bastidor” do Mundo fazem de vitórias um prêmio rotineiro e títulos um ganho quase compulsório…

Para dizer o muito com pouco: ACG 1×0 Santos, quebrando série invicta de doze jogos…

Por Ronie Sousa, juiz da Justiça do Trabalho de Goiás.