Foto: Reprodução/Sagres On

A Polícia Civil cumpriu mandatos de busca e apreensão na residência e escritório do procurador e ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO), João Furtado, conforme apurado pela Sagres 730. A ação faz parte da Operação Cegueira Deliberada, que investiga contrato de inspeção e vistoria veicular do órgão.

João Furtado assumiu a Procuradoria Geral do Estado (PGE) em novembro de 2018, ainda na gestão de José Eliton (PSDB). Antes disso foi chefe de gabinete de Marconi Perillo (PSDB), quando ainda governador. Também foi secretário de Estado da Segurança Pública, da Fazenda e presidente do Detran-GO.

O promotor está sendo investigado por crimes de desvios de recursos públicos e corrupção no Detran-GO. Em nota divulgada nesta manhã, o Detran afirma que apoia e colabora com a Secretaria de Segurança Pública na investigação.

Em nota, a Sanperes Avaliação e Vistorias de Veículos, concessionária do serviço de vistorias veiculares no Estado de Goiás, esclareceu que foi surpreendida com a abordagem dos agentes da Polícia Civil. Segundo eles a empresa e seus sócios não foram intimados para nenhum ato jurídico anterior.

Foram presos temporariamente o ex-vereador Marcelo Augusto e Daniel Ganda dos Santos, Sérgio Augusto Nunes Pinto, Wederson da Silva Viana, Rosana Ribeiro da Silva, Vagner Pedroso Coavila e Carlos Henrique Senkio, sócios da empresa Sanperes.

Até esta publicação, a Sagres não conseguiu contato com as defesas dos demais citados. O espaço segue aberto. 

Operação Cegueira Deliberada

A Operação Cegueira Deliberada apura esquema criminoso de fraude em processo licitatório realizado pelo Detran em 2014 para no serviço de vistoria veicular. Diversas ilegalidades foram encontradas no procedimento, como critério indevido de julgamento de propostas, direcionamento na confecção do edital e ausência de audiência pública, além de irregularidades relacionadas à habilitação da empresa Sanperes. Por meio de superfaturamento e reajustes ilegais, foram obtidos, de forma indevida, mais de R$ 100 milhões entre 2015 a fevereiro de 2019.