Quando algo errado é empurrado com a barriga, a tendência é piorar ainda mais a situação e a “bolha” tende a estourar de vez. A do CRAC estourou nesta quarta-feira. Com dois meses de salários atrasados, os jogadores da equipe de Catalão perderam a paciência e entraram de greve, sem realizar o treinamento marcado para o período da tarde. De quebra, o técnico Zé Roberto pulou do barco e pediu demissão do cargo.

A situação no Genervino da Fonseca já era ruim desde antes da estreia no Campeonato Goiano, quando na época, os jogadores ameaçaram não entrar em campo, o atacante Nino Guerreiro quase deixou a equipe, assim como o técnico na época, Nivaldo Lancuna, que chegou a deixar seu cargo à disposição. Após promessas da diretoria, os jogadores aceitaram as condições e disputaram o 1º e o 2º turno do campeonato dessa forma.

De folga na 1º rodada do 3º Turno, os jogadores treinariam em período integral nesta quarta-feira, mas logo pela manhã, se reuniram com o presidente do clube, Elson Barbosa, o Caçula, e informaram que iriam paralisar o trabalho. Na parte da tarde, a paralisação continuou e o treinador Zé Roberto deixou a equipe. Um dos porta-vozes da equipe, o goleiro Adriano, destacou que o grupo se cansou de promessas e exige o pagamento do salário, já que todos tem problemas para resolver.

O CRAC ocupa a 4ª colocação do Grupo A do Goianão, com 10 pontos, e está ameaçado de rebaixamento desde o início da competição. O time volta à campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o CRAC, às 20h30, no estádio Jonas Duarte.