No final desta semana, o Goiás terá sua primeira experiência de 90 minutos em quatro meses. Sem entrar em campo em partidas oficiais desde março, o time de Ney Franco retorna no sábado (18) para um jogo-treino contra o Capital-DF. O teste, que acontecerá no estádio Hailé Pinheiro, às 15h30, será o primeiro de três jogos preparatórios antes do início do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista ao repórter André Rodrigues, da Sagres 730, o gestor de futebol esmeraldino Túlio Lustosa detalhou que o jogo-treino terá o tempo normal de um jogo, com dois tempos de 45 minutos, porém com número ilimitado de substituições. Além do mais, Goiás e Capital utilizarão seus uniformes de jogo, uma vez que os materiais para treino são semelhantes. Na quarta-feira (19), os dois elencos serão submetidos a exames da covid-19.

Quanto a preparação do clube para se adequar às novas normas para concentração antes de partidas oficiais, o dirigente do Goiás ressaltou que “ainda estamos elaborando um protocolo de jogo e também acreditamos que a CBF dará mais orientações e fornecerá um protocolo de retomada dos jogos. Por enquanto, não temos concentração e nada ainda definido quanto a quarto de atletas, e quantos por quarto”.

“Temos que ter a consciência, e a CBF acho que também terá, que todos estão em dificuldades financeiras e não podemos elevar demais os custos. Um jogador por quarto elevaria muito as despesas de viagem e não é o momento de gastar tanto. Claro que se tiver algum tipo de risco ou exigência da CBF teremos que fazer, porém não acho necessário colocar um atleta por quarto, porque todos estarão testados”, completou.

Por outro lado, no último decreto do governo estadual, que autorizou o retorno dos jogos, há diversas orientações acerca do comportamento dos atletas em campo. Para Túlio Lustosa, “realmente não será fácil mudar comportamentos que vinham há muito tempo. Na hora da emoção de um gol, por exemplo, conter essa euforia e os jogadores não se abraçarem não será fácil, mas é o novo normal que estamos vivendo”.

Ainda de acordo com o gestor de futebol esmeraldino, os jogadores “têm que se acostumar e as orientações estão sendo passadas para eles”. As recomendações, segundo Túlio, “envolve muita mais uma educação para a sociedade, para quem está vendo o jogo, do que propriamente um risco de contaminação, porque na hora todos estarão testados e ninguém entrará no jogo se tiver com algum tipo de suspeita de contaminação”.