Explorar o conhecimento por meio de brincadeiras representa uma das abordagens mais desejadas na educação infantil. Esse conceito de aprendizado lúdico ganhou relevância global em 2011 com o surgimento do Dia De Aprender Brincando, originado no Reino Unido e atualmente estendido a 51 países. Além das atividades ao ar livre, os jogos ludopedagógicos emergem como uma forma envolvente de promover o aprendizado.

A interseção entre jogos e educação está em ascensão, prevendo-se um crescimento de 15,4% na gamificação do ensino até 2024, conforme indicado pelo relatório “The 2019-2024 Global Game-based Learning Market” de uma empresa de pesquisa de mercado focada em oportunidades para fornecedores de tecnologia educacional.

Liliane Fernanda Ferreira, diretora da B2G, distribuidora da marca Quinyx, fornecedora de produtos de tecnologia educacional, destaca a distinção crucial entre jogos convencionais e ludopedagógicos, enfatizando a ênfase deste último na aprendizagem e nos objetivos educacionais.

“O jogo ludopedagógico é feito com a intenção de promover o desenvolvimento de habilidades específicas ou refinar conhecimentos, com objetivos educacionais claros e mensuráveis. Ele pode ser para ajudar as crianças a aprender conceitos, habilidades ou valores específicos. Para isso, costuma ter mecanismos de avaliação para medir o progresso e o aprendizado das crianças”, pontua.

Conteúdo educacional

A peculiaridade desses jogos reside na incorporação de conteúdo educacional, abrangendo disciplinas como matemática, ciência, linguística, história, valores éticos e cidadania de maneira atrativa e interativa. Esses jogos são reconhecidos como ferramentas complementares valiosas em ambientes educacionais formais, como escolas e creches.

“Por exemplo,um jogo ludopedagógico envolve os participantes, incentivando-os a tomar decisões, resolver problemas e aplicar o que aprenderam. Isso promove o aprendizado prático e a retenção de conhecimento. A sensação de realização ao superar obstáculos no jogo impulsiona a motivação intrínseca para aprender. Além disso, eles criam um ambiente seguro para a experimentação e a aprendizagem por tentativa e erro, com o aluno vivenciando diferentes abordagens na construção do raciocínio”, afirma.

Identificar os jogos adequados é essencial. Liliane ressalta a importância de distinguir jogos infantis convencionais de jogos ludopedagógicos para otimizar seu potencial educativo. A diferenciação pode ser desafiadora, pois alguns jogos convencionais também incorporam elementos educacionais, mesmo mantendo um visual lúdico.

Objetivo

A chave para uma escolha acertada é direcionar a atenção ao objetivo central do jogo. Se o propósito principal for proporcionar entretenimento e diversão, a ênfase educacional pode não ser clara. “Jogos infantis podem abranger diversos temas e dinâmicas, desde aventuras, quebra-cabeças, esportes, simulações, etc., mas a prioridade é sempre a experiência, e os elementos educacionais, quando aparecem, acabam muitas vezes sendo secundários. Embora o aprendizado possa ocorrer de maneira informal em qualquer situação, eles podem não atender objetivos educacionais definidos”, completa.

Investir em jogos ludopedagógicos não é apenas uma preferência, mas um investimento em atividades estruturadas e seguras, concebidas especificamente para potencializar a aprendizagem. Liliane destaca que a integração dessas atividades pode ser aprimorada com ferramentas como a Mesinha Digital, que utiliza a tecnologia, algo familiar às crianças, para criar uma experiência de aprendizado mais eficaz e envolvente.

A personalização é um recurso significativo, facilitando o acompanhamento individual com base no progresso do aluno. Além disso, os professores podem empregar ferramentas de avaliação para monitorar a evolução educacional de forma mais precisa.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade

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