Goiana de Barro Alto – pequeno município no Vale do São Patrício, há mais de 220 km de Goiânia – Laís Nunes , lutadora conquistou a única medalha de ouro goiana nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. No wrestling – na modalidade luta livre até 62 kg a atleta superou lesões, grandes adversárias – a cubana María Santana, na final – e ficou com o lugar mais alto no pódio.

“Foi indescritível por vários fatores. Foi uma grande vitória em meio a um ano que tem sido desafiador, porque estou vindo de uma contusão no cotovelo desde março. E ainda cai em uma chave contra uma americana que ainda não tinha vencido e tudo isso no dia do meu aniversário”, destacou Laís, que completou 31 anos.

Depois de ficar com o bronze no Pan de Lima, em 2019, Laís Nunes intensificou a preparação para as principais competições – por pouco não ficou com a vaga para as Olimpíadas de Paris durante o Campeonato Mundial e terá outra chance em breve – e sentiu que amadureceu a maneira como luta.

“Estou vindo de uma preparação muito boa, muito forte. Eu sabia que estava preparada. Em muitos momentos das lutas no Pan, vi que amadureci, inclusive utilizando uma estratégia já montada pelo meu treinador. Na final contra a cubana, eu fui com tudo, acreditei no meu trabalho e fiz o que devia ser feito”, ressaltou.

Paris 2024

Diferente de outras modalidades, o título Pan-americano não dá vaga para as olimpíadas de Paris 2024. Assim, uma seletiva pan-americana será disputada no ano que vem, em data e locais que ainda serão definidos. Mais um desafio para Laís, que busca sua terceira participação olímpica, afinal esteve no jogos do Rio 2016 e Tóquio 2020.

“A expectativa é muito boa. Vou bater de frente e conseguir a vaga já na seletiva pan-americana do ano que vem. Estou me preparando pra essa competição. Foi muito bom, muito lindo o Pan do Chile, mas ainda tenho uma jornada pela frente”, disse Laís, que é atleta do São José, clube de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Evolução do esporte

“Estamos evoluindo cada vez mais com o wrestling feminino. O pessoal foi abrindo caminho nos anos anteriores. Estamos aperfeiçoando, quando vamos lá fora, conseguimos bater com as melhores do mundo, por isso é importante fortalecer a base, pra que assim, não pare de aparecer mais lutadoras”, salientou Laís, que reconheceu uma melhoria nas condições para a preparação diária.

“Nesse último ano, pra reta final de preparação, tivemos um bom suporte, com um investimento na “corrida olímpica”. Esse trabalho de gestão é muito importante, pois as federações devem entender que na medida que os atletas ganham, a situação delas (federações) melhora também”.

E longe de casa há alguns meses, Laís Nunes revelou que em meio a preparação, está agendada uma visita para a família em Barro Alto, para um período de descanso.

“Não consigo viver sem meu Goiás. todo mundo está lá, e estou com saudades demais da conta. dia 18 de dezembro estou em casa, em Barro Alto. Não fico sem minha pamonha e meu pequi”, finalizou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 3 – Saúde e bem-estar, ODS 5 – Igualdade de gênero e ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes.

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