Em vantagem depois de vencer o jogo de ida por 1 a 0, o Atlético Clube Goianiense joga por um empate contra o Nacional-URU para se classificar às semifinais da Copa Sul-Americana. Em entrevista coletiva, o técnico Jorginho revelou que a postura inicial do time “pode ser um pouco conservadora”, mas quer evitar a pressão do adversário.

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“Quando você tem uma necessidade de um resultado, como foi nosso caso lá [contra o Olimpia], precisava de dois gols ou três para poder já não precisar dos pênaltis, a gente foi intenso. Tendo a vantagem, pode parecer que a gente seja um pouquinho mais conservador, mas acho que é um tipo de jogo que temos que ter todo cuidado para que eles não sejam intensos, porque nós vamos ser. Essa é a característica dessa equipe”, pontuou.

Além disso, para Jorginho, a equipe do Nacional é superior tecnicamente ao time do Olimpia. O técnico destacou os pontos fortes do adversário e falou sobre a presença de Luis Suárez em campo.

“É uma equipe mais qualificada, muito perigosa nas bolas aéreas. Então, a gente sabe que o Nacional tem todo um glamour em relação à volta do Suárez, é um grande centroavante, fez uma história maravilhosa, merece tudo o que conquistou e é muito perigoso. Presente na área, artilheiro nato, que a gente tem que ter muito cuidado e humildade de entender o potencial do adversário e tentar bloquear”, afirmou.

Na primeira partida, Jorginho entrou com uma escalação mais alternativa. Para o jogo desta terça, o técnico disse que a equipe será a mesma da ida, já que a prioridade é o Brasileirão. O profissional ainda revelou que Edson está com dores e não vai enfrentar os uruguaios. Além disso, o treinador falou um pouco de como é para o jogador atuar em um estádio como o Serra Dourada.

“Se tiver que fazer qualquer mudança também em uma posição ou outra vamos fazer, em relação a outro jogo. A melhor coisa que tem é estar muito mais próximo, eu gosto disso. Agora, depende muito do jogador. Tem os temerosos, que preferem que a torcida fique longe, porque pode ter qualquer crítica. Mas, tem os corajosos, a minha equipe é, seria melhor no Accioly, mas de qualquer jeito fizemos no Serra um grande jogo, o gramado está bom, deram uma ajeitada no vestiário. Tenho certeza que isso não vai atrapalhar em nada”, argumentou.

Antes da vitória contra o Red Bull Bragantino, o Atlético-GO vinha de seis derrotas no Brasileirão e o presidente, Adson Batista, afirmou que as copas podem ter segurado Jorginho no cargo. O técnico destacou a situação e ainda comentou as entrevistas do dirigente no pós-jogo.

“Vida de treinador no Brasil, se você passou de três derrotas já fica em uma situação delicada. Infelizmente, é uma realidade que a imprensa começa a comentar e a coisa cresce. A gente tem um clube que tem suas particularidades, sabe quem determina as coisas e manda, então sei muito bem que a decisão vem do Adson”, declarou.

“A gente sabe que isso poderia ter acontecido, mas eu tenho muita confiança, nunca perdi a esperança no nosso elenco. Vi a entrevista do Adson falando sobre isso, apesar dele criticar algumas coisas e eu discordo quando falo com ele. Eu particularmente gostaria que falasse comigo, mas vocês [imprensa] aproveitam uma situação como essa para perguntar, porque vocês sabem que o Adson fala. Mas, também não é uma coisa que me machuca mais. Acho que existem coisas mais importantes”, finalizou.