Vice-governador eleito do Estado de Goiás e coordenador da comissão de transição de Marconi Perillo (PSDB), José Eliton (DEM) revelou, em entrevista à RÁDIO 730 nesta sexta-feira (12) que a comissão já tem uma audiência “pré-agendada” com o governador Alcides Rodrigues para a próxima terça-feira.

Segundo José Eliton, uma das questões prioritárias para a comissão é buscar informações quanto ao acordo fechado entre a CELG e Eletrobrás para “salvar” financeiramente a Estatal. “Ainda não temos dados concretos acerca do acordo e depois de obter essas informações vamos poder ter um diagnóstico para elaborar um plano e seguir a recuperação dessa empresa”, disse ele, em entrevista à Altair Tavares, Eduardo Horácio e Marcelo Heleno.

Questionado sobre o número de integrantes do grupo de transição, formado por 14 componentes, Elinton disse acreditar que é uma equipe “enxuta”. “O governador entendeu por dividir em duas coordenações e uma coordenação geral para fazer a interação e eu acho extremamente natural. Ao meu ver é algo enxuto, com um viés absolutamente técnico”, definiu.

Precipitação

Sobre às especulações em torno do nome do senador Demóstenes Torres (DEM) que vem despontando como “candidato natural” do partido à prefeitura de Goiânia em 2012, o vice-governador eleito acredita que não é a hora de se pensar neste processo eleitoral.

“Acho precipitação qualquer discussão agora. Acabamos de encerrar a eleição e temos uma relação administrativa a ser tratada com todos os prefeitos no Estado e um compromisso com a sociedade goiana”, desconversou.

“Cada um dos partidos faz, naturalmente, a discussão interna. O Democratas tem quadros qualificados, mas penso que essas matérias só devem ser objeto de debate no momento oportuno”, defendeu.

Outra discussão precipitada, na avaliação de José Eliton é sobre os possíveis cargos que o DEM ocupará no próximo governo. “Estaremos satisfeitos no governo Marconi com a oportunidade de sermos ouvidos. Queremos participar efetivamente com idéias, propostas”, disse.

No entanto, ele não descarta que – se convidado – pode assumir um cargo de auxiliar no primeiro escalão. “Quero poder colaborar com o governador. Se ele entender que é importante a minha participação, eu não me furtarei”.

CCON

O vice também comentou a polêmica em torno do local da transmissão de cargo para Marconi Perillo. O peessedebista manifestou o desejo de realizar a festa da posse no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON). Para Elinton, essa questão deve ser decidida pelos “cerimoniais”.

“Não quero me incluir nessa discussão, até porque é uma questão menor e temos que debater o futuro do estado de Goiás. Deve ser encontrado um consenso para que ocorra um momento festivo e importante de forma harmônica”, decretou.