O Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral e à Discriminação é lembrado no dia 2 de maio, data criada para conscientizar, prevenir e combater a violência psíquica ou física no ambiente de trabalho. Para reforçar a importância da iniciativa, o Judiciário está realizando a primeira Semana de Combate ao Assédio e à Discriminação. 

Em entrevista à Sagres, a juíza auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Sirlei Martins da Costa, disse que as ações são voltadas para servidores e magistrados, mas que atingem também o público externo.

“O material vai ser colocado nas redes sociais do tribunal que são acessadas por pessoas também externas. Então, acaba que ocorre esse objetivo de atingir as pessoas que estão fora do âmbito do judiciário também”.

De acordo com Costa, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estipulou numa resolução que os tribunais devem dedicar essa semana ao enfrentamento e à prevenção ao assédio.

“Estamos tentando divulgar os canais onde se faz o acolhimento dessas pessoas que se sentem vítimas da situação de assédio e vamos também promover debates e lançar vídeos curtos em que algumas pessoas esclarecem situações que podem caracterizar o assédio”, disse.

Saúde mental

A magistrada pontuou que o foco é o assédio moral e que ele consiste no objetivo de atingir a pessoa de alguma forma, podendo  muitas vezes levar ao adoecimento mental.

“A prática mais comum de assédio é a que visa atingir moralmente a pessoa. […] É o desrespeito, o xingamento, às vezes não de uma forma expressa, mas velada. Às vezes a falta de respeito pela cor, pela condição física, às vezes a pessoa tem uma deficiência e os outros colegas ou outras pessoas que estão próximas não recebem isso com respeito e a consideração que deve existir”, revela.

Questionada sobre o assédio moral no local de trabalho, a juíza explicou o que se espera das empresas em relação ao tema.

“O principal papel da empresa é trabalhar a conscientização e a prevenção e também ter canais abertos para o recebimento das denúncias quando de fato acontece”, disse.

Costa explicou que a partir de uma denúncia, um caso de assédio segue um procedimento e passando por diversas áreas que tratam da  investigação e se for o caso, punições.  A denúncia pode ser feita diretamente na diretoria de Recursos Humanos, Centro Médico, Ouvidoria, Corregedoria.

“Uma vez feita a denúncia e recebida por esses órgãos, todos esses órgãos vão direcionar para uma profissional do Recursos Humano que está preparada, é da área da psicologia, então ela faz o acolhimento e dependendo da situação concreta tem diferentes encaminhamentos”, finaliza.

Confira a entrevista completa a partir de 15:19

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