A primavera de 2024, que começou no domingo, 22 de setembro, será marcada pela influência de um fenômeno climático de grande relevância: La Niña. De acordo com especialistas, essa condição terá um impacto significativo em várias regiões do Brasil, provocando atraso nas chuvas e temperaturas acima da média.

La Niña, caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, já está afetando as previsões para os próximos meses.

Impactos de La Niña na Primavera de 2024

Em estados como Goiás, Mato Grosso, Tocantins, interior de Minas Gerais e partes do Nordeste, a expectativa é de que as chuvas comecem apenas no final de outubro ou início de novembro. Até lá, essas regiões enfrentarão temperaturas elevadas, que podem atingir 40°C, e níveis baixos de umidade. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que essa seca prolongada dure até meados de novembro.

Nas regiões Norte e Nordeste, áreas como o centro-sul do Maranhão e Piauí terão chuvas abaixo da média esperada. No Sul, Paraná e Santa Catarina continuarão enfrentando condições de seca.

Consequências para os Reservatórios de Água e Energia

O atraso nas chuvas comprometerá a recuperação dos níveis de água nos reservatórios, impactando também o setor energético. Bacias hidrográficas importantes, como a do Rio Paranapanema, já estão em níveis baixos desde o outono. Embora o desabastecimento de energia não seja esperado, aumentos nas tarifas, com a possibilidade de bandeira vermelha na conta de luz, são quase certos nos próximos meses. Já na primeira semana de primavera, as temperaturas podem chegar a 35°C.

Perspectivas Climáticas para a Primavera de 2024

Em outubro, espera-se temperaturas ligeiramente acima da média histórica. No entanto, frentes frias poderão trazer chuvas moderadas a fortes, ocasionando quedas temporárias nas temperaturas.

  • Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso e Tocantins enfrentarão calor intenso e baixa umidade até o fim de outubro.
  • Sul: Paraná e Santa Catarina continuarão sofrendo com a seca prolongada.
  • Norte e Nordeste: Chuvas abaixo do esperado, principalmente no Maranhão e Piauí.

Tendências Climáticas para o Verão

Em novembro, os efeitos de La Niña se intensificarão, deixando o clima ainda mais seco. As chuvas entre o final de outubro e início de novembro estarão dentro da média, mas dezembro poderá ser mais frio e seco do que o normal, com essa tendência possivelmente se estendendo até 2025.

Devido à persistência de La Niña, o inverno do próximo ano poderá ser mais rigoroso, com frentes frias mais intensas, conforme previsto por William Minhoto, meteorologista da Defesa Civil de São Paulo.

Como São Feitas as Previsões Climáticas?

Prever o clima envolve a análise de múltiplas variáveis, como:

  • Monitoramento constante: Observação contínua das condições atmosféricas.
  • Dados históricos: Análise de eventos passados para prever tendências futuras.
  • Tecnologia avançada: Modelos climáticos e satélites que aumentam a precisão das previsões.

Esses métodos permitem que meteorologistas antecipem mudanças e preparem a população para os diferentes cenários climáticos, embora imprevistos possam ocorrer.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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