Lélio Júnior (Foto: Sagres Online)

Além da fase ruim dentro das quatro linhas e perto de um rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Vila Nova também segue movimentado nos bastidores. Com o fim do mandato do atual presidente Ecival Martins, o mês de novembro será marcado por eleições no Executivo, no Conselho Deliberativo e também no Conselho Fiscal. 

Na noite desta sexta-feira (8), no Serra Dourada, o Tigre acabou empatando sem gols com o Operário e deixando escapar a oportunidade de se aproximar os times que estão fora do Z4. Quem assistiu a partida no estádio foi Lélio Júnior, um dos candidatos à presidência do Conselho Deliberativo colorado que foi entrevistado pelo repórter Wendell Pasquetto e revelou que se reuniu com a outra chapa da eleição buscando uma “união” em prol do Vila Nova.

“Eu sou aquela pessoa que até o último momento em um processo político prega a união, eu acredito que o importante para o Vila Nova é união. Conversamos sobre diversos assuntos e por enquanto ainda tem duas candidaturas para o Conselho e se pudermos ter um Conselho se rachas eu sou favorável, se não tiver nós vamos por voto e ele ganhando tem meu apoio e se eu ganhar, vou ter dele também porque ele se comprometeu. A nossa intenção é estarmos unidos por um Vila Nova melhor”, explicou Lélio.

Segundo ele, o outro candidato, Décio Caetano, chegou a oferecer a vice-presidência do Conselho Deliberativo, mas a proposta não agradou muito. Para Lélio, a prioridade é pensar em uma solução imediata para o clube.

“Teve essa conversa, começou por ai, mas não evoluiu muito. Acho que primeiro nós temos que alinhar os projetos, o que eu conversei com eles é que os projetos do futuro estão alinhados. A intenção deles de ter um modelo de empresa, mudar o estatuto, são vários passos. Mas o que eu disse para eles é que antes de pensar nesse futuro, temos que pensar no que vai ser o Vila amanhã. Porque nós temos problemas, o clube não vem bem e perdeu muita renda de bilheteria, o dinheiro não entrou como era pra ter entrado no clube e acaba que o Vila tem um problema financeiro grave. Não adianta colocar o Hugo na frigideira e não arrumar recursos para o Hugo fazer essa gestão, porque o Vila Nova precisa de um choque de recursos logo no início do ano que vem”, afirmou.

E os problemas destacados por Lélio não são segredo para ninguém, já que o Vila Nova tem dívidas a serem quitadas. O candidato destacou que chegou a propor aos seus opositores para dividirem o valor que seria necessário para o clube entrar bem o ano de 2020, mas ainda não houve um acordo.

“Fiz essa proposta porque qualquer projeto que a gente for querer implantar no Vila Nova e não tiver recurso no caixa, nós vamos nadar, nadar e morrer todos abraçados. Nós precisamos disso para sanear o Vila, fazer uma reestruturação de imediato no clube, pagar o que está atrasado, não deixar imposto e acordo trabalhista atrasarem. Eu falei isso, se o grupo dele colocar a metade, o meu grupo coloca metade e nós fazemos um acordo”, explicou Lélio que revelou que a quantia necessário gira em torno de R$ 4 milhões.

“Para o início do ano, perto disso aí ou até um pouco mais. Mas com uma boa gestão de caixa, parcelando as dívidas em um prazo um pouco maior, com essa valor conseguimos romper pelo menos o Campeonato Goiano”, disse.

O empresário deixou claro ainda que a parceria com Décio Caetano e Leonardo Rizzo só não progrediu porque ele entende que no momento os pensamentos precisam ser direcionados para projetos imediatos e depois direcionados à longo prazo.

“As nossas ideias de futuro são convergentes, vejo que tem alguma coisa ou outra que precisa ser ajustada, mas antes de pensar no futuro nós temos que pensar no amanhã. Não adianta querer preparar um paciente para uma festa se ele está na UTI precisando fazer o coração bater. Estou vendo que eles estão pensando muito na frente e não estão pensando no agora. Precisamos salvar o Vila Nova do momento financeiro do agora porque o Ecival vem sendo um heroi de “pedalar” essa dívida de gestões anteriores e da vida inteira do Vila, mas chega um momento que isso está sufocando o time”. Analisou Lélio Júnior.

Ouça na íntegra a entrevista de Lélio Júnior às Feras do Kajuru:

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