O líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Welington Peixoto (DEM), detalhou à Sagres 730 nesta quinta-feira (6), as emendas ao Plano Diretor da capital. De acordo com o vereador, foram mais de 60 emendas apresentadas e mais 100 devem ser recebidas. “Acredito que 80% das emendas [das 60 já apresentadas] serão aceitas”, disse.

Welington Peixoto defendeu a desaceleração do adensamento, principalmente no Setor Marista, que, segundo ele, não pode deixar chegar na mesma situação que o Parque Flamboyant ou o Setor Bueno, “onde as ruas não suportam tantos veículos e complica a situação da cidade”.

Na reunião setorial, que teve participação de técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) e do Instituto Tecnológico do Centro-Oeste (ITCO), os representantes dos moradores do setor Marista, defenderam a questão do adensamento do Marista. “Os moradores se mobilizaram, isso é importante e nós temos que ouvir a maioria. Eles são contra o adensamento de forma desordenada. E isso veio da Prefeitura, não foi a Câmara que colocou esse adensamento”.

Já o relator da subcomissão de Ordenamento Territorial pretende aumentar o adensamento. Em entrevista à Sagres, nesta quinta-feira (6) o vereador Andrey Azeredo (MDB) afirmou que a Prefeitura de Goiânia continua com conceito de cidade compacta, “isso é o norteador de todo Plano Diretor desde 2007”.

Além disso, Andrey Azeredo explicou que o crescimento e a verticalização, mantém o conceito que de fração ideal, baseado no tamanho do terreno. “Você tem o número ’x’ de habitações, independente do tamanho dessas habitações. O que nós estamos propondo é a mudança de paradigma, em vez de ser fração ideal nós estamos buscando o índice de aproveitamento, em vez do número de habitações”, afirmou.

Para Welington Peixoto, a ocupação ideal é importante, porém, “dentro da responsabilidade para que não possamos saturar o trânsito e encher de edifícios na nossa cidade”. Ele defende a expansão para os bairros mais afastados, polos industriais e dessa forma, segundo ele, desafogar o centro.

“Ontem mostramos a importância de atender a população, claro que nem tudo será acatado, mas o que nós pudermos atender, sobre a redução e dificultar o máximo a verticalização, eu não sou contra o desenvolvimento, mas temos que ter responsabilidade. Vai verticalizar? Temos que analisar se tem a capacidade de fazer isso”, disse o líder do prefeito na Câmara Municipal.