Articuladores governistas e deputados da base aliada ouvidos pela Coluna garantem que, se as convenções partidárias fossem hoje, o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, certamente seria escolhido para a candidatura à vice-governador na chapa à reeleição de Ronaldo Caiado (DEM). Todos, no entanto, fazem a ressalva de que o processo de escolha não foi aberto e que a disputa pela preferência do governador será travada, efetivamente, no próximo ano.
“O que fica muito claro agora é que o Lissauer assumiu uma posição muito importante na Alego e tem se mostrado fiel ao governador Caiado. Ele tem demonstrado interesse na vice e o governador sabe disso”, afirma um palaciano, em conversa com a Sagres Em Off. Avaliação na base é de que a escolha do próximo vice será decisiva e, por isso, deve ter avaliação de nomes antecipada, racionalizada e independente de partidos. “O foco deve ser em um nome realmente fiel ao governador”, afirma o governista. É que, caso Caiado seja reeleito, o próximo vice terá lugar firme para ser o candidato a governador em 2026.
Grupos políticos ainda iniciam movimentações para a eleição do próximo ano, mas, até agora, a vice tem interesse claro do atual ocupante do posto, Lincoln Tejota, e do presidente regional do MDB, Daniel Vilela. A articulação em torno de Tejota parte do pai, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual, Sebastião Tejota. Ele é o único apto a se aposentar no TCE e tem enviado sinais de que só abre a vaga em duas hipóteses: se o indicado para o Tribunal for Lincoln ou se houver a garantia de que o filho continuará na vice para 2022.
Ouça a coluna Sagres em OFF:
Pausa
A indicação de Lincoln para o TCE já era adiantada no governo, mas as conversas foram paralisadas a partir da citação do vice-governador e do conselheiro Sebastião Tejota no processo que investiga a participação de Alexandre Baldy (PP) em supostos casos de corrupção ocorridos na gestão passada no Hospital de Urgências da Região Sudoeste (HURSO), em Santa Helena.
Pacote
A intenção seria, até então, buscar a abertura de duas vagas no TCE, para abrigar Lincoln Tejota e o deputado estadual Humberto Aidar. A vaga no TCM, já aberta, passaria a ser destinada ao secretário de Governo, Ernesto Roller. O tabuleiro deste xadrez segue parado, pela citação dos Tejota na investigação, mas também por falta de definição da segunda aposentadoria no TCE, que só ocorreria em 2022.
Expectativa
Já a aproximação entre Daniel Vilela e o governo de Ronaldo Caiado, que poderia resultar em indicação de Daniel para a vice, segue processo lento e, para os caiadistas, depende de “participação efetiva” do ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende.
Em números
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já elabora estudo detalhado a ser apresentado à Assembleia Legislativa quando do debate da PEC que pretende extinguir o TCM. A tramitação será iniciada na próxima terça-feira (25), com previsão de audiências públicas. No estudo, o TCE mostrará que seria inviável a absorção da estrutura atual do Tribunal de Contas dos Municípios.
Porta fechada
O ex-deputado e ex-conselheiro do TCM, Nilo Resende, tem se ressentido da falta de atendimento por Ronaldo Caiado. Antes de se aposentar do Tribunal, Nilo conversou por pelo menos seis vezes com o governador. Agora, aposentado, tem buscado agenda, mas sequer foi recebido.
Viabilização
Nilo quer confirmar apoio do Palácio para pré-candidatura a deputado federal pelo DEM. Por enquanto, a turma do ‘deixa disso’ acredita que, com o passar do tempo, os ânimos serão acalmados, depois da irritação com o ex-conselheiro por conta da demora na decisão de abrir vaga no TCM.
Singular
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) afirmou ontem que “não existe nomes”, mas sim “um nome” convidado para comandar a Secretaria Municipal de Finanças. “Eu convidei e já conversamos com esse nome. Inclusive foi um ex-secretário de Finanças do ex-prefeito Maguito Vilela, em Aparecida de Goiânia. Tive a oportunidade de conhecê-lo ainda no mandato do Maguito Vilela em Aparecida e fiz o convite”, relatou Rogério.
Quem?
Carlos Eduardo de Paula Rodrigues é o favorito para assumir o cargo. Outro supostamente cotado é o atual superintendente de Administração Tributária da Sefin, Lucas Morais. A secretaria segue com comando interino de Geraldo Lourenço.
