(Foto: Rubens Salomão / Sagres ON)

“Eu fiz a escolha errada”, assim a agora ex-senadora Lúcia Vânia começa a explicar os motivos que levaram à sua derrota na eleição de 7 de outubro em entrevista à Rádio Sagres 730 um dia depois de encerrar seu segundo mandato de senador. Lúcia se referia a sua decisão de permanecer na base aliada do governo e de se candidatar à reeleição na chapa com José Éliton para governador e Marconi Perillo a senador, ambos do PSDB.

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Lúcia diz que fez a escolha porque tinha passado os dois últimos anos fazendo um “trabalho estratégico silencioso” a favor de Goiás e que só então govenador Marconi Perillo o conhecia. Ela diz que acreditou que a base governista tinha interesse em sua presença por esse trabalho, mas que se equivocou. “Na primeira reunião depois da convenção percebi que o interesse era impedir que eu fosse para outra chapa”, disse.

A ex-senadora afirma que a campanha da base aliada foi equivocada, entre outros motivos, porque não se conectou com a população”. Para ela, os discursos da campanha tucana foram muito “eufóricos”, de louvação ao trabalho do governo, sem dialogar com a população e de defesa de grandes obras. “As vezes as obras são feitas para o governante. Precisamos saber medir a relevância de uma obra, pois mais importante que ela é a prestação de um serviço de qualidade”.

Lúcia observa que a população tomou conhecimento do conluio que havia entre políticos e empresários por meio da Operação Lava Jato. Essa informação e as redes sociais como ferramenta de manifestação a população teve mais voz para se posicionar. “Eu ouvi de muitos prefeitos atentos que as redes sociais fariam uma revolução no interior. A população deslocou-se das lideranças. Vivemos agora em um momento de desconstrução”, disse.

Lúcia, contudo, diz que não quer ficar mais focada no passado. “Prefiro quebrar o retrovisor e olhar para frente”. Como o futuro é o novo governo, ela se colocou à disposição do governador Ronaldo Caiado (DEM) para ajudar seu governo mesmo sem cargo público. Como a experiência de 30 anos na vida pública – 16 deles como senadora, ela diz que tem muitos contatos e relacionamentos políticos e que pode ajudar.

“Um governo precisa ter força política, uma boa bancada de deputados e senadores para defender os interesses do Estado”. Segundo ela, o papel do Congresso Nacional é de “contrapeso” junto ao governo federal e, neste sentido, as bancadas estaduais são relevantes para trabalhar pelos interesses de seus Estados”.

A ex-senadora diz que tinha conhecimento da realidade fiscal do Estado e observa que o pagamento da folha de pessoal começou a avançar para o mês seguinte desde a época em que sua filha, Ana Carla Abrão, foi secretária de Fazenda em Goiás, entre 2015 e 2016. “Na época parte da folha era paga no mês trabalhado e o restante passou a avançar sobre o orçamento do mês seguinte”. Para ela, a proposta do governador Ronaldo Caiado de parcelar o salário de dezembro dos servidores se justifica e não apenas porque o Estado não tem como pagar duas folhas no mesmo mês. “É preciso ajustar o pagamento da folha ao mês trabalhado para o bem dos próprios servidores”.

Confira a entrevista na Live em nosso perfil no Facebook a partir do minuto 48.

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