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Rubens Salomão

Lula busca apoio de ruralistas e quer conversar até “com os mais raivosos” no setor

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem que quer sentar para conversar com representantes do agronegócio brasileiro. O petista luta contra o desgaste acumulado ao longo dos 12 anos de gestão do partido no país e avisou que tem a intenção de se encontrar até “com os mais raivosos”, mas estabeleceu ressalva: “Precisa fiscalizar para ver se não estão armados”. As declarações foram dadas a empresários reunidos em sabatina promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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Lula disse não entender por que os ruralistas seriam simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “Desafio alguém a dizer o que o Bolsonaro fez para o agronegócio”, declarou. “Nós queremos apenas a chance de conversar com o agronegócio, com os mais raivosos”, disse. O ex-presidente afirmou ainda que a última grande medida feita pelo governo federal para o setor se deu em seu governo, em 2008, com a edição de uma medida provisória que, segundo ele, resolveu o problema da securitização da dívida ruralista em R$ 89 bilhões na época.

“Se a gente não fizesse aquilo quebrava o setor inteiro. Foi a última coisa feita, o resto foi o plano safra normal”, disse. O candidato ainda rebateu ataques de Bolsonaro e de empresários sobre episódios de invasão de terras produtivas por movimentos como o MST (Movimento dos Sem Terra). “Eles invadiam a terra que o governo pagava. Era o governo que desapropriava e depois o governo tinha que dar dinheiro para a produção. Eu não conheço uma terra produtiva que foi invadida pelos sem terra”, disse.

Aproximação

O ex-presidente tem buscado a parcela mais rica do agronegócio para ter apoio ou pelo menos reduzir a adesão do setor a Bolsonaro. O petista tem se beneficiado do descontentamento de exportadores com a deterioração da imagem do Brasil no exterior durante o governo Bolsonaro.

Base bolsonarista

O prestígio do país junto aos importadores é importante para os negócios desses empresários. Só que, fora do topo do setor, a entrada do PT é mais difícil. Além disso, diversas associações da área têm histórico bolsonarista.

Missão dada

A campanha de Lula designou o vice na chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), para ser o interlocutor com empresários do setor. O ex-tucano deve iniciar nas próximas semanas uma série de viagens a Estados produtores. O primeiro deve ser Mato Grosso, seguido por Goiás.

Nove candidatos

No último dia das convenções partidárias, o Partido da Causa Operária (PCO) oficializou a candidatura de Vinícius Gomes da Paixão ao Palácio das Esmeraldas. A convenção da legenda aconteceu de forma online e definiu Maria Letícia Gomes na candidatura a vice, em uma chapa pura.

Chapa

O partido também lança Antônio Carlos da Paixão como candidato ao Senado, com Eduardo Sugizaki e Viviane Andrade Akashi nas suplências. A convenção também deliberou apoio a eleição de Lula e o partido fará “campanha conjunta com aqueles que querem a candidatura” do ex-presidente.

Base dividida

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) apontou que o presidente da Assembleia Legislativa (Alego), Lissauer Vieira (PSD), vai ter a função “mais difícil” da campanha.

Atribuições

“A função do Lissauer na campanha é mais difícil do que a minha”, afirmou o governador em referência ao coordenador-geral. “Eu terei viagens e reuniões para dizer os pontos que temos que alavancar em Goiás. Ele terá condições de coordenar todo o processo.”

Economia

A balança comercial goiana consolidou US$ 8,787 bilhões de exportações, no acumulado de janeiro a julho deste ano, com saldo positivo de US$ 5,087 bilhões, o que representa crescimento de 50,71%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia.

Detalhes

Só em julho, as exportações alcançaram a marca de US$ 1,280 bilhão – alta de 55,39%, em comparação com o mesmo mês de 2021, quando as vendas internacionais fecharam em US$ 824,3 milhões. Já as importações somaram US$ 572 milhões, com expansão de 55,37%.

Ranking

Os indicadores colocam Goiás na oitava posição no acumulado de janeiro a julho e em nono lugar no ranking nacional de exportações, que considera o total vendido pelo Brasil no mês passado. Já no ranking de importações, o Estado participou de 2,33% das compras, ocupando o 13º lugar.

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