Vivemos um dos momentos mais difíceis da história das nações. O coronavírus se espalhou pelo mundo, devastando vidas e empregos, chegou ao Brasil e se proliferou numa velocidade alarmante. Já são mais de 45 mil mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. E 1,2 milhão a mais de pessoas na fila do desemprego, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A Covid-19 é uma ameaça invisível que nos obriga a nos afastarmos dos nossos parentes e amigos, principalmente das pessoas de idade mais avançada, como nossos pais e avós. No entanto, esse distanciamento social, sem dúvida a medida mais efetiva no combate à disseminação da doença, tem se demonstrado um grande desafio em todas as regiões, impondo duras consequências econômicas e sociais mundo afora.

Pelas redes sociais e pelas ruas, assistimos a movimentos favoráveis e contrários ao distanciamento, ambos respaldados pelas necessidades e pela dura realidade imposta por esse inimigo desconhecido.

O momento é de fato sombrio. Crises éticas e raciais afloram pelo globo em meio a primeira pandemia deste século.

A humanidade em cada um de nós tem sido testada. Acredito que esse vírus esta deixando clara a necessidade de mudarmos as relações familiares e também a dinâmica da engrenagem econômica da sociedade.

Apesar dos prejuízos imensuráveis que o coronavírus traz para a saúde, economia e outros setores, também há um aumento se demonstrações de empatia e solidariedade na sociedade. Pessoas físicas, associações, empresas, multinacionais e ONGs tem se juntado para levar doações aos mais atingidos pela crise sanitária e econômica que vivenciamos.

Segundo o Monitor das Doações, lançado recentemente pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), já foram doados no Brasil mais de R$ 5 bilhões para o combate à pandemia de Covid-19.

Nossos profissionais de saúde e segurança, destemidos na sua atuação, também têm exaltado o verdadeiro significado da palavra servir. A dura batalha estabelecida nesse momento apenas evidencia quão fundamentais eles são na manutenção de nossa sociedade.

Governos foram impactados pela dificuldade de navegar em águas desconhecidas. O momento é inédito em todos os aspectos. Mas o Governo de Goiás, comandado por Ronaldo Caiado, tem trabalhado diuturnamente para resguardar a vida dos goianos. Decisões difíceis são tomadas com o intuito de salvar vidas e abalar o mínimo possível a economia do nosso Estado.

Estamos construindo soluções, não só para enfrentar a epidemia em Goiás, mas também para darmos respostas a problemas permanentes existentes em nosso Estado. Expandimos as ações na área do desenvolvimento social; a regionalização da saúde se mostra mais do que nunca necessária e estamos trabalhando para levar atendimento de qualidade a todas as regiões goianas; os ajustes econômicos, que já estavam sendo tomados antes da epidemia, foram intensificados.

E, por mais difícil que seja, ainda precisamos manter o isolamento social. É com união e esforço coletivo que venceremos o novo coronavírus. Governos, empresários e sociedade precisam trabalhar juntos, dialogando e tomando decisões com o objetivo de salvar o maior número de vidas e vencer esse momento tenebroso que tanto atrapalha nossa economia.

Finalizo com uma reflexão pessoal. Certa vez, um amigo me disse que momentos difíceis requerem pessoas determinadas. É hora de termos determinação e resiliência para lutarmos nesse momento em que enfrentamos uma crise sanitária e econômica sem precedentes na história.

Como dizia o historiador e teólogo inglês Thomas Fuller, ”é quando a noite está mais escura que a luz começa a aparecer”.

Lincoln Tejota (Cidadania) é vice-governador do Estado de Goiás