Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as pessoas estão trabalhando e/ou estudando por meios eletrônicos, o que é preciso ter ainda mais atenção quando o assunto é saúde ocular. Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o oftalmologista Carlos Eduardo Pereira, alertou sobre os perigos da exposição às telas, o que pode facilitar o surgimento da miopia.

Um estudo da Super Awesome, uma empresa de tecnologia infantil, mostrou que, nos Estados Unidos, crianças de 6 a 12 anos estão ficando ao menos 50% do tempo expostas às telas neste isolamento. Uma das principais preocupações dos especialistas é que dificilmente a criança consegue identificar sozinha alguma dificuldade na capacidade de enxergar. Por isso, os pais devem ser ainda mais observadores.

O oftalmologista Carlos Eduardo pereira explica que alguns sinais podem evidenciar problemas na visão. “Dor de cabeça ou colocar objetos muito próximos ao rosto para poder ver são características comuns de quem não enxerga bem. Como a criança normalmente não consegue se expressar, às vezes ela só é levada às consultas depois de já ter sofrido por muito tempo com o problema”.  É recomendável que as crianças façam exames específicos da visão pelo menos uma vez ao ano.

“A gente tem observado de maneira mundial, um aparecimento de uma epidemia de miopia. Ou seja, os casos de miopia têm aumentado muito nas escolas, nos consultórios… e a gente estima que daqui a alguns anos, mais da metade da população vai ser de pacientes míopes”, afirma o oftalmologista.

Segundo o especialista, o check-up oftalmológico se torna ainda mais necessário em um momento que a disseminação dos eletrônicos pode ter relação com o aumento do número de crianças míopes.

“Ainda tem a dificuldade que está chegando o tempo mais seco em Goiás, que vai agravar alguns desses problemas. Então, o que a gente pode fazer para amenizar, é tentar controlar, no máximo, o número de horas utilizando eletrônicos de telas”, afirma, e complementa com uma dica que passa aos seus pacientes, “que quando passar de 2 horas em frente a uma tela, deve fazer um intervalo, uma atividade que não vá forçar a visão.”

Assista à entrevista na íntegra o Tom Maior #58