Para reduzir o tempo de espera de pacientes por cirurgias eletivas, que são os procedimentos que não considerados urgentes, o Governo de Goiás iniciou neste mês o 1º Mutirão de Consultas e Exames Pré-operatórios. A ação visa tirar da fila de espera as pessoas que não tiveram sua cirurgia realizada por causa da pandemia. Segundo o secretário de Saúde de Goiás (SES-GO), Sandro Rodrigues, mais de 16 mil pessoas aguardam a realização de um procedimento desde 2020.

“A gente tem dentro das filas da regulação no Estado de Goiás algo acima de 16 mil pessoas esperando por essas cirurgias. Nos momentos de pandemia isso foi bloqueado porque não existia a condição sanitária para serem realizadas”, disse Sandro Rodrigues. Essa falta de condição se refere à maior possibilidade de os pacientes serem infectados pela Covid-19.

A primeira ação do Mutirão ocorreu na semana passada, no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), localizado em Goiânia. A partir desta quarta-feira (25), as equipes da Secretaria de Estado da Saúde vão realizar consultas e exames no Hospital Regional do Centro-Norte (HCN), em Uruaçu, para que, enfim, possam ser executadas as cirurgias.

“Não dá para simplesmente chamar o paciente hoje para fazer uma cirurgia amanhã. Ele precisa ser reavaliado, ver se a questão da indicação continua, se muda alguma coisa relacionada ao tipo da cirurgia que vai fazer e se o paciente tem as condições clínicas para executar o procedimento”, explicou o secretário.

Sandro Rodrigues detalhou ainda que não há prioridade estabelecida para a fila de procedimentos por critérios como idade e local de residência. “Os critérios em regulação sempre são prioridade clínica. As pessoas estão ranqueadas conforme aquelas que têm mais necessidade, que a cirurgia vai ter um impacto muito maior na vida das pessoas em relação a um segundo, terceiro, quarto ou quinto colocado”, esclareceu o titular da pasta.

Além disso, Sandro Rodrigues ressaltou que após a liberação sanitária os hospitais estaduais já voltaram a programação total de cirurgias eletivas e que os mutirões existem para acelerar o processo. Conforme Rodrigues, as maiores demandas são relacionadas às cirurgias ortopédicas. “São cirurgias que impactam muito a vida das pessoas, que dificultam o trabalho ou as impossibilitam de trabalharem, de ter um convívio com relação a filhos, família e as atividades de uma pessoa de forma normal”, finalizou o secretário.

Assista a entrevista completa a partir de 01:34:02

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