A redução nos índices de violência em Goiânia deu-se através do aumento do efetivo, esse, devido a dobra de serviços. Segundo o deputado Major Araújo (PRB), representante da classe, a polícia está trabalhando dobrado, porém, com eficiência menor.
O deputado afirma que o Batalhão de Trânsito é o mais afetado pela jornada excessiva de trabalho e isso reflete na sociedade. “Somos a única classe que não temos limites de jornada de trabalho”, explica.
A carga horária dos policias foi discutida em um Seminário realizado na Assembleia Legislativa. O parlamentar conta que, segundo especialistas, a jornada excessiva traz danos como: déficit de atenção e aumento da probabilidade de violência policial.
O Major revela que a polícia é recordista em casos de afastamentos por problemas psiquiátricos. “A PM é campeã de profissionais que trabalham com restrições, muitos, com restrição de uso de armas, mas continuam trabalhando”. O deputado diz ainda que, se todos os policiais com problemas psicológicos fossem afastados a situação do efetivo se agravaria mais.
“A jornada excessiva aumenta a probabilidade de erro policial, e, erro com a pistola na mão”, disse Araújo. O PM diz que há registros de policiais que estão trabalhando doentes, fazendo uso de remédios controlados, devido a carga horária.
Em relação ao salário dos PMs goianos, o deputado diz a questão salarial é razoável. Araújo declara que a PM está refém das gratificações. Para ele, horas extras remuneradas é um paliativo que tem escravizado o policial.