A videoconferência realizada nesta terça-feira (26) entre o governador Ronaldo Caiado, os dirigentes dos clubes da capital e representantes da Federação Goiana de Futebol, do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO) e também da Comissão de arbitragem, segue repercutindo.
Informações de quem participou do encontro deram conta de que o Sindicato que representa os jogadores seria contra o retorno dos treinamentos. Em entrevista à Sagres 730 durante o programa Hora do Esporte na manhã desta quarta-feira (27) o presidente do órgão, Marçal Filho, esclareceu seu posicionamento e disse que a discussão para o retorno ou não das atividades esportivas está parecendo uma ‘rinha de galo’.
“Está havendo uma inversão de valores em tudo. Parece que pegaram o Sindicato para derrubar, pegaram o Marçal para ‘cortar a garganta’ dele e a realidade é totalmente diferente. Meu pedido é que a Secretaria de Saúde que vai decidir, não sou eu e não é o Sindicato, nós não temos esse poder e eu não sou médico. Eu sou contra, mas não tenho poder de voto, cabe aos dirigentes dos clubes (…) eu citei o exemplo que está parecendo rinha de galo. Vamos colocar os galos aqui para brigar o ver no que vai dar, mas não é desse jeito”, esclareceu.
Ele ainda rebateu a declaração de alguns dirigentes de que os jogadores são saudáveis e serão submetidos a exames constantemente. Na visão do SINAPEGO, os familiares também serão expostos ao possível contágio do coronavírus.
“São pessoas que têm família. Disseram ‘os atletas têm condição física diferente, eles não vão pegar isso’, beleza, coitadas das esposas e dos filhos desses jogadores. Esse atleta pode ficar viúvo e perder o filho porque ele contraiu no clube que não deu assistência e levou para casa”, destacou Marçal.
O presidente do Sindicato também criticou a postura de alguns presidentes de clubes que, segundo ele, querem se eximir de algumas responsabilidades.
“Atribuir ao Sindicato? Eu não vou aceitar isso mais. Tem um monte de dirigente ‘sem coragem’ que quer transferir a responsabilidade para mim e eu não vou aceitar isso não. Se quiserem, voltem ontem, hoje de manhã, hoje à tarde. Eu não sou fonte empregadora”, desabafou.
Ouça na íntegra a entrevista de Marçal Filho durante o programa Hora do Esporte: