O cantor Marcelo Barra foi um dos destaques da edição especial do Sagres em Tom Maior desta sexta-feira (23), véspera dos 87 anos de Goiânia.

“Nasci aqui, cresci aqui, meus amigos todos estão por aqui. Passei uma época nos Estados Unidos, mais tarde em São Paulo, mas Goiânia sempre do meu lado, nunca quis sair de Goiânia. Isso até direcionou a minha carreira para falar de Goiás. Fiz minhas primeiras serenatas aqui em Goiânia, as paqueras, enfim”, afirma.

Dono de uma voz inconfundível e que transborda goianidade, Marcelo Barra conta que, na infância, seguiu o caminho dos pais na música. “Escutei música desde pequeno, tem várias pessoas na família, tanto da minha mãe como a família do meu pai”, afirma. “Música quando está no sangue é difícil”, complementa.

Filho de pai mineiro e de mãe vilaboense, Marcelo Barra disse que teve contato cedo com todo tipo de instrumento, em especial os de corda, que o acompanham até hoje.

“Antigamente não tinha violão pequenininho para criança, não, tinha que tocar em violão de adulto. Eu tentei violão, mas o braço era muito grande e eu não conseguia. Eu tinha visto cavaquinho na época, meu pai e o pessoal aqui em casa muito ligado à música, ouvindo chorinhos, enfim, eu vi e disse que queria um desse. Depois passei para o bandolim, gostava de uns solos”, conta.

Para o artista, consagrado por estampar o estado e a capital em suas canções, além do orgulho de ser goiano e goianiense, Marcelo Barra acredita que a universalidade é a marca registrada de Goiânia quando o assunto é música.

“A gente tem todos os ritmos aqui na capital. A gente tem craques na música, no sertanejo, no rock, na MPB, na música regional. Pouca gente sabe, mas na música erudita, os goianos ganham concursos lá fora o tempo todo. A gente tem tudo aqui”, conclui.

Confira a entrevista com Marcelo Barra no STM #126 a seguir