O tucano Marconi Perillo mediu os passos, as palavras e o tamanho da exposição no seu primeiro compromisso público seu como ex-governador.

Ele participou na manhã desta quinta, 19, do evento de repasse de R$ 11,4 milhões do programa Goiás na Frente a 32 municípios.

Marconi tem evitado fazer qualquer movimento que dê margem à interpretação de que tenta ser protagonista na gestão de seu sucessor, Zé Eliton.

Seu objetivo, segundo tem pontuado a aliados, é ajudar politicamente na administração e, na campanha, trabalhar para que o governador tenha sucesso na reeleição.

Se o governo e o governador forem bem, avalia o ex, ele automaticamente será beneficiado na imagem do legado e no resultado das urnas. Outra visão é que a reeleição de um será missão mais difícil que a eleição do outro, portanto não dá pra separar uma coisa da outra.

Marconi Perillo também esteve em evento do governo que anunciou novas medidas na área de Segurança, na parte da tarde. Na manhã de sexta, outro evento com presença sua: a CEI da Saúde na Câmara de Goiânia.

Segurança e Saúde são áreas de desgaste para o governo do Estado, segundo pesquisa recente. As críticas e reclamações, nestes pontos, têm tempo definido: as suas gestões.

Ainda na quinta, o ministro Humberto Martins, do STJ, determinou que autos da ação penal movida contra o ex-governador sejam remetidos à primeira instância, em Goiás.

Marconi foi denunciado pelo MPF junto com Carlos Cachoeira e Fernando Cavendish e Cláudio Abreu (Delta Construtora) pela prática de corrupção passiva.

A oposição, aliás, comemora o fim do foro privilegiado do tucano. Na prática, porém, o ir e vir das ações não correm na velocidade da internet. Seguem o tempo tradicional da Justiça.

Tempo que não costuma ser menor do que aquele que ele terá para, se eleito em outubro, chegar a um novo mandato que faça tudo voltar ao campo do foro privilegiado.

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