A temporada 2020 começou para o Atlético e o elenco rubro-negro trabalha a todo vapor para chegar bem no Campeonato Goiano, na Copa do Brasil e também no Brasileirão da Série A. Por isso a diretoria buscou reforçar seu plantel para o calendário cheio que terá pela frente neste ano. O setor que mais teve novidades até agora foi o meio-campo.

Após não renovar com André Castro, Nathan e Pedro Bambu, o Dragão contratou outros três volantes. No entanto, reforçou também a parte da armação de jogadas. Em 2019 a responsabilidade por esta função ficou com Jorginho e Matheus, mas os dois agora ganham as concorrências de João Pedro, Gustavo Ferrareis e Matheus Vargas. No entanto, a disputa é sadia.

“Deu para ver que é um grupo batalhador, pessoas que vieram para somar e brigar por seu espaço. A gente fica feliz pela concorrência, isso mostra que a gente tem que se dedicar mais e não pode se acomodar. Do volante para frente o Atlético tem muitas peças, então a gente tem que se dedicar e aproveitar as oportunidades”, destacou o meia Matheus.

Matheus (Foto: Paulo Marcos/Ass ACG)

Principal nome do clube na conquista do Campeonato Goiano e 2019, o jogador iniciou a Série B como titular, principalmente na ausência de Jorginho que estava lesionado. Porém, no decorrer da competição acabou perdendo espaço e mesmo sob muitos pedidos da torcida, terminou 2019 como opção no banco de reservas.

“Esse carinho e esse apoio da torcida para mim é muito gratificante, não tem preço que pague. Então eu fico muito feliz, isso é sinal q\ue eu fiz um ano bom e estava no caminho certo. Mas aqui dentro de campo vai ser quem se dedicar mais e aproveitar as oportunidades, não tem cadeira cativa para ninguém. Então a gente tem que procurar trabalhar, se empenhar e claro, como jogador eu quero jogar e mostrar meu papel, porque sei que posso ajudar muito o Atlético”, disse.

Apesar de ter o carinho da torcida e ter sido importante na reta final da Série B, principalmente com um gol contra o Paraná e uma assistência no empate contra o Brasil de Pelotas, Matheus não acredita que comece o ano com vantagem na briga pela titularidade.

“Nós ainda estamos na fase de contratação, muita coisa ainda pode acontecer, novas propostas, novos desafios podem vir. O meu foco hoje está no Atlético, em fazer uma grande preparação. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, tenho um contrato vigente, só que eu quero trabalhar, quero jogar, assim como todos os jogadores a gente precisa estar dentro de campo. Só que é dentro de campo que vamos conseguir essa vaga. Claro que temos uma adaptação um pouco maior por estar aqui a um ano, mas não vejo desta forma de “sair na frente”, tenho certeza que o Eduardo Souza e o Rafael Cotta vão escolher as pessoas certas para nos representar bem no Campeonato Goiano”, disse.

Matheus ainda fez questão de esclarecer sua relação com os técnicos que passaram no rubro-negro em 2019. Ele explicou ainda se sentiu ou não que foi injustiçado por Wagner Lopes e Eduardo Barroca.

“Primeiro que o Wagner Lopes me ajudou muito, acho que ele juntamente com o Fernando Diniz que está no São Paulo foram os treinadores que mais me deram oportunidade, então sou muito grato a ele. A respeito dos outros treinadores é difícil falar porque o Barroca chegou e ficou pouco tempo, ele pegou o Atlético e já tinha uma estrutura, um time que vinha jogando frequentemente. Eu não sei o que passa na cabeça de um treinador e é normal, um técnico tem preferência por um jogador, chega outra e tem sua preferência também. É claro que a gente quer sempre estar jogando, estar no meio dos jogadores porque eu me vejo um atleta de bastante qualidade e eu tenho respeito por todos. Vou procurar trabalhar, estou feliz no Atlético, é um clube que me abriu as portas e isso eu nunca escondi. Meu foco é estar trabalhando firme e o futuro a Deus pertence”.

O atleta revelou também que o bom desempenho na última temporada também desencadeou em propostas e sondagens durante o período de férias.

“Surgiram muitas coisas, tanto aqui no Brasil quanto fora. Mas eu tenho contrato com o Atlético, meu foco está aqui, muita coisa pode acontecer mas tudo vier vai passar pelo Adson que é nosso presidente. Mesmo assim eu fico feliz porque se clube vem atrás é porque você desempenhou um grande futebol, para mim é muito gratificante ter esse reconhecimento. O futebol tem espaço para todos, então é respeitar o companheiro e procurar fazer sua parte”, revelou o meia.

Mesmo destacando que está feliz no Atlético, Matheus não descartou uma possível transferência ainda nesta temporada.

“Não descarto porque eu não sei né, pode vir uma coisa muito boa de fora. Tudo que vier vai passar pelo Adson, vou precisar do sim ou do não dele. Só que pra eu sair vai ter que ser uma coisa boa para as duas partes. Fico feliz que está vindo bastante coisa, mas a gente tem que focar aqui nos treinamentos porque atrás disso tudo eu tenho meus empresários que se dedicam nessa parte. Mas eu estou confiante que se for pra eu ficar eu ficar eu vou arrebentar, fazer um grande ano, porque confio no meu potencial. O futuro a Deus pertence, mas vamos continuar trabalhando porque estou muito feliz aqui”, afirmou Matheus que tem contrato com o Atlético até maio de 2021.