Perto de completar um mês da paralisação do futebol no Brasil, os jogadores ainda estão “no escuro” quanto ao retorno das competições no país. Ainda não se definiu, por exemplo, a continuidade ou não dos estaduais e se a fórmula do Campeonato Brasileiro continuará a mesma. Por isso o grande imbróglio para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quanto ao futuro do esporte é o calendário.

O Atlético Goianiense, por exemplo, era líder do Campeonato Goiano e disputava vaga na quarta fase da Copa do Brasil quando se intensificaram os cuidados com o novo coronavírus. Além disso o rubro-negro tem pela frente o carro-chefe da equipe na temporada que é o Brasileirão da Série A.

Em entrevista à Sagres 730 o goleiro Maurício Kozlinski ressaltou o desejo de voltar a defender o Dragão o mais rápido possível, mas disse que não há como os jogadores opinarem sobre o calendário do futebol brasileiro.

Maurício Kozlinski, goleiro do Atlético (Foto: Victor Garcia/ACG)

“Temos nosso grupo no Whatsapp, ficamos compartilhando as notícias. Mas acho que quem é o responsável pelo calendário do futebol está sem tem o que fazer, imagina nós que não somos especialistas no assunto? Nós jogadores queríamos que voltasse o mais rápido possível, mas a gente tem que entender que quem entende da doença, do que é o melhor a ser feito no momento, sabe qual será a hora certa para voltar. Claro que jogador quer voltar, por mim a gente já estava treinando e jogando, só que a gente tem que saber que têm pessoas com mais discernimento para fazer essas escolhas e tomar essas decisões. É triste, ninguém esperava e todo mundo vai sair perdendo. Todo mundo como sociedade tem que unir as forças nesse momento para que as perdas sejam o mínimo possível”, destacou.

Kozlinski também comentou as declarações do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, de que o rubro-negro carioca tem a intenção de voltar aos treinamentos no dia 21 de abril logo após as féria coletivas dos jogadores. De acordo com o jornalista Venê Casagrande em seu canal no Youtube, o mandatário expos durante reunião com a CBF que o Flamengo está se preparando e estudando essa possibilidade.

“A gente vê com otimismo porque queremos voltar a treinar e a jogar. É muito ruim essa situação de ficar só em casa, você se sente um profissional inútil que você não está trabalhando na sua área. Acho que se achar soluções para que o futebol volte, a gente fica otimista e espera que o retorno seja o mais rápido possível. Mas tudo dentro de uma segurança para a nossa saúde, saúde dos repórteres e de todo mundo que compõe um jogo de futebol. Jogar sem torcida é muito ruim, mas ficar sem jogar é pior ainda, então se estão buscando soluções para voltar o futebol, nós da parte dos atletas ficamos felizes porque é o que esperamos, voltar o mais rápido possível, já que é o que gostamos e sabemos fazer”, analisou o camisa 1 do Dragão. 

O jogador ressaltou ainda que, caso as atividades retornem mesmo no dia 21, ele se sentiria seguro dentro de campo quanto ao contágio do novo coronavírus.

“Eu me sinto muito mais seguro em campo do que indo a um supermercado, por exemplo. No supermercado tem uma movimentação muito maior de pessoas que você não conhece, que podem estar ou não com a doença, além de ter o contato com os produtos. Claro que está complicado para ter teste de coronavírus, mas se fosse possível os jogadores serem testados acho que não teria muito problema. Claro que não sou especialista, mas é a minha opinião. Posso estar errado, pode ser que volte a jogar e apareça caso entre os jogadores que é o que a gente não espera, mas neste primeiro momento eu me sentiria seguro sim”, afirmou Kozlinski.

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