Na última sexta-feira (3), o Goiás realizou sua quinta bateria de exames da covid-19. Foram mais testes executados, uma vez que a equipe envolvida nas atividades aumentou com o retorno dos atletas do time de aspirantes (sub-23). Contudo, os novos casos positivos da doença causada pelo novo coronavírus foram registrados em jogadores que já estavam participando dos treinamentos da equipe principal comandada por Ney Franco.

De acordo com o médico esmeraldino Bruno Favaron, entrevistado durante o programa Hora do Esporte, da Sagres 730, “esses dois atletas que tiveram o exame PCR positivo entram de quarentena, um isolamento social em casa. Os dois estão assintomáticos, não deverão utilizar nenhuma medicação a princípio e serão submetidos a uma avaliação com o nosso suporte de infectologia para ver se há necessidade de algum exame complementar”.

O tempo de isolamento será definido de acordo com a avaliação infectologista dos jogadores, um período entre “10 a 14 dias, também a depender dos sintomas. Esses atletas, de agora para frente, serão submetidos somente a exames de sorologia, não precisa mais repetir o PCR. Eles ficam em quarentena dentro de suas casas, mas também isolados do convívio familiar. A orientação é que as pessoas mais próximas, com quem tiveram contato nos últimos sete dias, também façam os exames”, complementou.

Segundo Bruno Favaron, o protocolo do clube “permanecerá da mesma forma. Penso que, assim como na sociedade de uma maneira geral, os casos devam começar a aparecer mais. Sinceramente, as últimas três amostras negativas foi até um fato de surpresa para nós, porque conseguimos durante 20, 25 dias fazer com que um grupo de 40, 45 conseguisse ficar sem essa contaminação”.

Sobre o retorno dos jogos, definido para agosto, e se considera seguro, o médico do Goiás ressaltou que “durante as próximas semanas, teremos reuniões semanais com a Comissão Nacional de Médicos do Futebol para justamente dar essas orientações de treinamento, viagens e jogo”. Na sua visão, “em nenhum momento será 100% seguro. O que temos que tentar fazer é postergar essa contaminação para tentar chegar a um momento onde tenhamos uma vacina ou mais leitos e espaços hospitalares disponíveis”.

“Em agosto, a tendência é que a situação esteja mais favorável do que agora em julho. No entanto, a Comissão Nacional de Médicos, se perceber que o cenário não está favorável, deve atuar no sentido de orientar a CBF para que os jogos não comecem nesse período se estiver com muito risco. Acho que estará mais favorável, mas não tem como sabermos antes, dentro da primeira semana antes dos jogos”, ponderou.