O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, deve adiar, mais uma vez, o anúncio de filiação partidária para disputar a eleição ao governo estadual de outubro. O pré-candidato já avisou nas redes sociais que definiria o partido na última sexta-feira (18), mas o prazo foi levado para esta sexta-feira (25), o que também não deve ocorrer. O prefeito mantém articulações com objetivo primordial de alcançar estrutura política para o pleito contra o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), mas, até agora, tem garantido apenas o apoio do nanico Patriota.
Nos últimos dias, Mendanha e aliados retomaram contatos com lideranças do PP e passaram a sugerir que o partido poderia abrigar a pré-candidatura do prefeito ao governo, com espaço para que a legenda indique o nome ao Senado. A possibilidade ainda não é descartada pelo presidente da sigla, Alexandre Baldy, mas sofre resistências internas no PP, já que a base do partido tem preferência pela aliança com o governador, mesmo que sem a vaga na chapa majoritária. Tanto que, para acalmar as lideranças, a direção do Progressistas publicou nota em que nega a filiação.
Sem citar Mendanha diretamente, o texto do comando pepista avisa que o partido “não possui pré-candidato ao governo do estado” e que “as atenções do partido estão voltadas, única e exclusivamente, para a consolidação da pré-candidatura ao Senado, de Alexandre Baldy, e formação de chapas a deputados e deputadas federais e estaduais”. O texto conclui ainda, de forma mais direta, que: “Não existe qualquer movimentação de bastidores para filiações para encabeçar a disputa ao governo do estado de Goiás”.

Porta-voz
O deputado federal Adriano Avelar, defensor da aliança com Caiado, tem repetido abertamente que o PP deve continuar ao lado do governador e nega que tenha havido convite formal para a filiação de Gustavo Mendanha.
Como pode?
“Como pode um candidato ao governo utilizar a imagem dos outros para se promover? Semana passada foi o PSD, agora insistem em falar do PP. Nosso candidato é Ronaldo Caiado, o melhor candidato ao governo. Nossos municípios estão assistidos pelas políticas do governo”, avalia o deputado governista.

Repescagem
A deputada federal Magda Mofatto e o presidente regional do PL, Flávio Canedo, buscam intensamente em Brasília a retomada de contatos para que Jair Bolsonaro decida pelo apoio a Mendanha em Goiás.
No domingo
Apesar das tentativas, feitas inclusive junto ao senador Vanderlan Cardoso, tudo aponta para oficialização do apoio do presidente à pré-candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo (sem partido) neste fim de semana. Na próxima semana, deve ocorrer a filiação do militar ao PL, pelas mãos do presidente nacional, Valdemar da Costa Neto.

Primeiro aqui
Como antecipado pela Coluna, o Podemos confirmou desembarque do projeto de Gustavo Mendanha, depois da insistência do pré-candidato em se movimentar em busca do apoio bolsonarista em Goiás.
Volta
Vice-presidente nacional do Podemos, Eduardo Machado, que foi secretário estadual por quatro vezes nas gestões de Marconi Perillo, é o nome do partido para consolidar retorno à base caiadista, como indicado à presidência do Detran.
Funcionalismo
Em meio a greve dos professores da rede municipal, que não aceitaram o reajuste de 7,5% proposto pelo Paço Municipal e exigem o reajuste nacional de 33,32%, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), decidiu enviar à Câmara Municipal proposta melhorada do piso. O texto será detalhado em reunião com servidores nesta sexta-feira e encaminha ao legislativo na segunda-feira (28).

Proposta
Além do reajuste aos professores, o prefeito pretende apresentar proposta sobre a data-base e planos de carreiras de outras categorias, como procuradores, Guarda Civil Metropolitana, agentes de endemia e motoristas. Há ainda intenção de estabelecer vale alimentação para todos os servidores municipais com carga horária de oito horas por dia.
Momento ruim
Rogério Cruz prorrogou a prestação de contas que faria hoje na Câmara Municipal para o dia 18 de abril. O gestor tem sido cada vez mais cobrado por vereadores sobre a autoridade dele na administração, depois do conturbado processo de demissão do secretário de Finanças, Geraldo Lourenço.