A derrota para o Grêmio Anápolis por 2 a 1 no Jonas Duarte não foi o último ato de Marcelo Martelotte como técnico do Atlético. Depois de declarações pesadas do diretor de futebol Adson Batista sobre a atuação da equipe e o trabalho da comissão técnica, uma reunião foi realizada no início da tarde desta segunda-feira e decidiu-se pela manutenção do treinador, pelo menos até os dois próximos jogos: quarta-feira, contra a Anapolina, às 20h30, no Serra Dourada e no sábado, no clássico contra o Vila, às 16h.

A saída do treinador estava praticamente selada se a posição de Adson Batista fosse seguida, mas na reunião, que teve início por volta das 12h desta segunda-feira, pesou a decisão do presidente Valdivino de Oliveira e do vice-presidente Jovair Arantes, que priorizam a continuidade do trabalho e acham que a solução, pelo menos por enquanto, não é a saída do treinador.

“Eu conversei com o presidente Valdivino, com o Jovair e nós temos que dividir as responsabilidades, cada um tem a forma de pensar e temos que respeitar isso. Por maioria, achamos que é o momento de dar um voto de confiança ao Martelotte, e logicamente, não é só ele o culpado. Vamos aguardar mais um pouco para ver se ele consegue desempenhar o trabalho e pegar uma sequencia”, explicou Adson.

Após o jogo do último domingo, Adson se mostrou muito irritado e no calor da partida, chamou o time rubro-negro de “peladeiro” e explicou que o trabalho não estava fluindo. Em contraponto a isso, Jovair, que também detonou a atuação da equipe na última partida, entende que o momento não é de mudar o comando e sim, dar crédito. Questionado se havia sido voto vencido na reunião, Adson tentou desconversar.

“Não é questão de três votos, a gente respeita muito a opinião de cada um. Eu sou uma pessoa de ouvir as pessoas maiores do clube, a gente discute e sempre tem consenso em tudo, cada um com sua opinião, mas há sempre um consenso”, concluiu o dirigente.

O Atlético não vem agradando na temporada e o trabalho de Martelotte vem tendo baixo rendimento. Em oito jogos na temporada, o Atlético venceu quatro jogos e perdeu outros quatro, marcou 13 gols e sofreu 10, uma das defesas mais vazadas do torneio. A principal reclamação em torno do trabalho é a falta de um padrão de jogo e também a falta de disposição mostrada em campo.