O padre Robson de Oliveira Pereira e mais 17 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) nesta segunda-feira (7) por diversos crimes como lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa.

O clérigo é um dos suspeitos de desviar recursos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) provenientes de doações de fiéis da igreja católica em Trindade.

De acordo com a denúncia, o padre Robson “exercia o comando da organização criminosa empresarial”, e que a “orcrim” era “estruturalmente ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, destinada à obtenção de vantagem (inclusive pecuniária) mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas são superiores a quatro anos, em prejuízo das AFIPEs”.

Por meio de nota, defesa do padre Robson, que sempre negou as acusações, argumenta que o clérigo é inocente e que a Justiça já havia reconhecido isso trancando as investigações.

“São as mesmas e injustas investigações que o Ministério Público insiste em fazer em uma associação privada que não tem qualquer satisfação a dar ao Ministério Público. É como ele querer entrar na minha casa ou na sua casa e querer dizer como é que você tem que gerir a sua casa, fazer o seu almoço, onde colocar a mesa, qual carro você tem que comprar. Isso é um assunto interno da associação. Portanto, aguarda-se que o Superior Tribunal de Justiça confirme a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás já tomada”, afirma o advogado Pedro Paulo de Medeiros.

A nova denúncia só foi possível graças à suspensão do trancamento do processo de investigação, deferida pelo desembargador Walter Carlos Lemes na última sexta-feira (4), que preside o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

A reportagem do Sagres Online entrou em contato com a assessoria da Afipe, e aguarda um posicionamento. O espaço segue aberto para qualquer manifestação da associação.