Há mais de 20 anos uma equipe de pesquisadores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estuda uma forma de transformar o pequizeiro em uma árvore mais frutífera, capaz de germinar frutos com mais qualidade. As coisas mudaram quando um produtor rural de Mato Grosso levou até a empresa uma muda de pequi sem espinhos.
Confira a reportagem na íntegra:
“Ele tentou fazer mudas e plantar, mas se deparou com o problema de germinação das sementes, como fazer essa muda. Por isso procurou a Emater e a Embrapa Cerrado. Agora, estamos entregando isso para os produtores rurais e para a sociedade”, explica a pesquisadora Elainy Botelho.
Segundo o presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o novo fruto passa por um momento de agregar valor, com a ausência dos espinhos, mas mantém o sabor. “A muda reúne todas as características sensoriais que são desejáveis aos consumidores. Existem vários tipos de mercado que exigem determinadas características”, afirma.
Conheça as variedades
São três variedades de pequi que vão atender ao comércio, com caroço menor, e à indústria, com caroço maior e com a polpa mais carnuda. Outras três variedades também estão nas pesquisas da Emater, mas com espinhos. No momento, cinco mil mudas estão em fase de preparação para distribuição em novembro. As seis variedades serão disponibilizadas ao mercado goiano.
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Os viveiristas vão receber 1,2 mil mudas para estruturar em seus jardins clonais, onde elas vão receber enxerto. Depois, serão distribuídas mais 1,2 mil mudas para os pequenos produtores rurais.
Para a pesquisadora Elainy Botelho, entre as vantagens do pequi sem espinhos está a industrialização do fruto. “Hoje, o pequi com espinho deve ser manipulado de forma manual. Sem espinhos, você pode ter uma máquina para tirar a polpa, para fazer as fitas, fazer como uma azeitona sem caroço”, argumenta.
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