José Nilton trabalha há 9 anos como guarda vidas e afirma que ainda não recebeu o Abono Salarial. “Procurei a Caixa Econômica, não tive resultado algum. Eles me encaminharam para o [Agência] Ministério do Trabalho, eles me enviaram um link para atualizar meus dados, mas até agora não obtive nenhuma resposta”

Desde o início de fevereiro, os trabalhadores que recebem até 2 salários mínimos e trabalharam com carteira assinada por no mínimo 5 anos, têm direito ao Abono Salarial do PIS/Pasep 2022 de até um salário mínimo. No entanto, muitos trabalhadores ainda não receberam o benefício este ano.

A advogada trabalhista, Lara Nogueira, explica o que pode estar acontecendo.

“Os empregadores precisa informar dados como data do vínculo e função para o governo [Federal]. Anteriormente, isso era feito por meio de um documento que se chamava ‘Rais’ (Relação Anual de Informações Sociais). Recentemente nós tivemos uma mudança de sistema que os empregadores tiverem passar essas informações para o ‘eSocial’. Então pode ser que pode estar tendo uma divergência de informações”, disse Lara.

A advogada também apontou que os trabalhadores devem estar atentos à data de vigência, pois, este ano, vai ser pago o ano base de 2020. Então somente as pessoas que trabalharam em 2020 em pelo menos 30 dias com carteira assinada é que terão direito à receber.

Revisão

A Dataprev, empresa de tecnologia do governo federal, está fazendo a revisão automática nos cadastros de quase 2 milhão de beneficiários, que podem ter direito ao pagamento, mas ainda não receberam. A Previsão é que o novo lote de pagamento seja liberado a partir de 16 de março.

José Nilton está na expectativa de ser um desses trabalhadores beneficiados. “a gente está contanto com esse valor, porque é um direito nosso”, afirmou o guarda-vidas.

A consulta ao abono do PIS pode ser feita por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital e pelo telefone 158, que também estará disponível para esclarecimentos.

Rodrigo Melo é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a PUC Goiás, sob supervisão do jornalista Thaís Dutra.

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