A cidade está quase inteiramente asfaltada e o fato é que o povo não tolera mais a poeira. Uma lição que vem do passado é o Setor Norte Ferroviário, que contava quase meio século quando foi pavimentado, já no governo de Iris Rezende. Atualmente, para um terreno ser fatiado em lotes depende de o empreendedor investir em obras como o asfalto. A mudança de parâmetro se deve a Iris.
{mp3}stories/audio/2013/Maio/A_CIDADE__E_O_FATO__14_03{/mp3}
Até 1982, quando Iris ganhou para governador, o motorista goiano penava nas rodovias imprestáveis, 95% delas de chão. As melhores tinham cascalho, as piores só contavam com lama e buraco, barranco e abismo. Agora, o parâmetro é outro. A população não aceita mais estrada de terra. No asfalto, rejeita operação tapa-buraco, quer a reconstrução. O nível de consciência é tamanho que o povo exige rodovia asfaltada, bem conservada e a novidade: quer que tenha pista dupla e iluminação.
Até 2004, quando Iris ganhou para prefeito de Goiânia, mais de metade da Capital penava em ruas com poeira e lama. Iris prometeu acabar com o sofrimento e espalhou concreto betuminoso usinado a quente, o famoso CBUQ. Foi um marco, porque ninguém mais compra lote em lugar sem asfalto e são raras as vias sem o benefício. O goianiense está em outro nível, acostumou-se a tal ponto com o asfalto que só pensa em outras obras.
O exemplo das rodovias iristas se espalhou pelos demais Estados e o tema das eleições pós-82 em todo o País era a pavimentação das estradas.
O exemplo do asfalto irista em Goiânia se disseminou pelos demais municípios e o assunto das eleições pós-2004 em todo o Estado tem sido a pavimentação das ruas.
O que Iris fez pelo asfalto, Paulo Garcia está fazendo com as creches. A ideia dos Centros Municipais de Educação Infantil, CMEIs, começou com Pedro Wilson, se solidificou com Iris Rezende e está sendo ampliada por Paulo Garcia. Daqui a pouco, ninguém mais aceita morar em bairro sem local para educar as crianças, mesmo as recém-nascidas. Isso é ótimo. A consciência do povo obriga a autoridade a investir o dinheiro que o próprio povo passa para a autoridade. Parece redundância, mas é o óbvio. Só que às vezes a política demora até meio século para ver o óbvio. Quando vê.