Após reunião entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e prefeitos dos municípios da Região Metropolitana, foi definido pelo fechamento total do comércio não essencial e a proibição de celebrações religiosas por sete dias. Segundo o governo, as 20 cidades da região seguirão a mesma linha. Os decretos devem ser publicados neste sábado (27/2).

Segundo o governador de Goiás, a medida se fez necessária devido ao aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e a taxa de ocupação de leitos de UTI. Em Goiás, esse índice até a tarde deste sábado estava em 96%. A rede privada não tinha mais vagas para pacientes com a doença.

Entre os principais pontos em Goiânia está o fechamento de todos os comércios não essenciais, entre eles lojas da região da 44. Os comerciantes poderão fazer apenas as vendas no sistema de delivery. Celebrações religiosas e academias estão proibidas por uma semana.

Confira na íntegra o decreto de Goiânia:

As escolas particulares continuam funcionando na capital, desde que seja respeitada o limite da capacidade máxima em 30%.

Segundo o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, a intenção é cuidar da vida. “Não adianta aumentar leitos. É bom lembrar que a cada 10 pessoas que chegam no leito de UTI, 5 perdem suas vidas. Serão sete dias que teremos condições de analisar a situação. Depois disso, vamos decidir se vamos manter ou não essas restrições”, afirmou.

Caiado determinou reforço das forças de segurança pública para ajudar a cumprir a norma de isolamento social vertical. Por isso, também publicou um decreto sobre como vai funcionar o trabalho na estrutura do Governo e o apoio da segurança aos prefeitos. Entre as recomendações estão a adoção do regime de teletrabalho nas repartições públicas.

Durante o período de sete dias fica autorizada a realização das partidas de competições profissionais de futebol, desde que sejam cumpridas todas as normas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Federação Goiana de Futebol (FGF), sem a presença de público.

As atividades de feiras de hortifrutigranjeiros, deverão respeitar, além dos cuidados e recomendações de uso de EPIs.

A Região Metropolitana é formado por Goiânia, Inhumas, Nova Veneza, Nerópolis, Brazabrantes, Caturaí, Goianira, Santo Antônio de Goiás, Terezópolis de Goiás, Goianápolis, Bonfinópolis, Trindade, Caldazinha, Senador Canedo, Abadia de Goiás, Guapó, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Hidrolândia e Bela Vista de Goiás.

Mapa
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) atualizou, na última sexta-feira (26/2), a classificação das regiões, conforme o mapa de risco, que aponta em quais delas a incidência da Covid-19 está mais elevada. São previstas três situações: alerta (amarelo), crítica (laranja) ou calamidade (vermelho). A partir da divisão de cada localidade, a intenção é que os municípios adotem medidas de combate e controle da Covid-19, com procedimentos padronizados.

Conforme a atualização desta sexta-feira, na semana anterior, as regiões do Entorno Sul, Estrada de Ferro, Nordeste II, Oeste I, Rio Vermelho e São Patrício I foram classificadas como situação de calamidade. No período atual, com exceção da Nordeste II que se enquadrou em estado de alerta, as cinco demais recuaram para a situação crítica. Mesmo com esse progresso nos resultados, todas as seis ainda devem manter as recomendações sanitárias de calamidade até apresentarem melhora do cenário por 14 dias consecutivos.

Na análise desta semana, somente a Nordeste I, que antes estava na cor laranja, foi classificada em vermelho, demonstrando piora do contexto. A orientação é que os municípios de Campos Belos, Cavalcante, Divinópolis de Goiás, Monte Alegre de Goiás e Teresina de Goiás adotem medidas restritivas.

As Regionais de Saúde Central, Norte, São Patrício II, Sudoeste II e Sul seguem em situação crítica nesta semana, sem alteração do cenário em que foram inseridas no período anterior. Já a Sudoeste I, que reúne 18 municípios, passou de alerta para cenário crítico. Dessa forma, as seis regiões devem seguir as medidas recomendadas na nota técnica para esta classificação.

Já a Centro-Sul e o Entorno Norte, antes no cenário crítico, passaram para o de alerta. Mesmo com esse avanço no quadro, ambas devem manter as medidas do momento anterior e sustentarem este novo resultado por duas semanas seguidas. Somente a Oeste II, Pirineus e Serra da Mesa, que juntas contam com 32 municípios, continuaram no status de alerta, sem mudanças na classificação no intervalo de uma semana.

A classificação das regiões leva em consideração seis indicadores, divididos da seguinte maneira: velocidade de contágio no tempo (Rt); incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave e variação de mortalidade por Covid-19, para avaliar a aceleração do contágio, e as taxas de crescimento de solicitações de leitos de UTI, de ocupação de leitos de UTI, e de ocupação de leitos de enfermaria, públicos e privados, dedicados para pacientes com Covid-19, para avaliar a sobrecarga do sistema de saúde.