O infarto agudo do miocárdio ou o chamado ataque cardíaco é o maior responsável por mortes no país, segundo informações do Ministério da Saúde. As doenças cardiovasculares já são vistas como a principal causa de morte de mulheres no mundo.

A condição ainda costuma ser associada pelo senso comum ao gênero masculino, no entanto, pesquisas mostram que a incidência do ataque cardíaco em homens e mulheres já é quase equivalente.

De acordo com especialistas, é possível dizer que mulheres estão sofrendo ataques cardíacos mais cedo, em relação ao que era observado anteriormente. Além disso, a proporção de ocorrência dos ataques cardíacos é de seis homens para cada quatro mulheres.

Fatores de risco

Segundo informações do Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para o infarto são:

  • Tabagismo
  • Sedentarismo
  • Má alimentação
  • Colesterol alto
  • Estresse em excesso

Nesse contexto, as características do estilo de vida também fazem parte dos fatores que influenciam a maior incidência observada entre o gênero feminino. Dessa forma, é possível fazer um recorte de gênero para compreender os impactos na saúde.

É o que explica Walkiria Ávila, coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Cardiopatia e Gravidez e Aconselhamento Reprodutivo do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ela, as mulheres lidam com múltiplas funções, o que acarreta muitas vezes, na dificudade em fazer escolhas mais saudáveis.

Impactos da menopausa

A menopausa é caracterizada pelo fim do período reprodutivo do gênero feminino e, entre diversas mudanças, se observa a queda do estrogênio, hormônio sexual presente no organismo feminino. Nesse sentido, um dos efeitos é a redução da proteção contra doenças cardiovasculares.

“As pessoas não costumam dar atenção aos sintomas, que podem se apresentar como uma dor no peito, ficam achando que são gases, dor de estômago e não passam por um médico para fazer um diagnóstico preciso”, explica Ávila.

Além disso, é importante destacar que a procura precoce pelo atendimento médico é vista por especialistas como indispensável, tanto para evitar a incidência do infarto, como para evitar danos mais severos.

“A mulher não faz a prevenção primária da doença cardiovascular, que deve ser feita após os 40 anos, com um check-up onde é verificado colesterol, glicemia e triglicérides, fazendo um perfil de saúde”, destaca a médica.

*Com informações do Jornal da USP

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