Dor. Uma palavra nada agradável de ler e pior ainda de sentir. Mesmo com ninguém querendo tê-la por perto, a sensação faz parte do cotidiano da maioria dos indivíduos.

No Brasil, por exemplo, 96% das pessoas afirmaram ter sentido dor em algum momento da vida, segundo a pesquisa Global Pain Index 2018. Se antes da pandemia do novo coronavírus o percentual já era alto, agora a mudança repentina na rotina imposta pela doença fez com que as dores se tornassem ainda mais presentes na vida de muitas pessoas.

De acordo com a nutricionista da equipe multidisciplinar no tratamento da dor, Thainara Salatiel, o agravamento pode se dar por questões emocionais ou mesmo pelo excesso de medicamentos.

“Até o alto consumo de medicamentos, de analgésicos em geral, pode agravar esse sintomas de dor”, explica, em entrevista ao programa Tom Maior da Sagres TV nesta terça-feira (11).

À direita, Thainara Salatiel no Tom Maior, em entrevista às jornalistas Letícia Martins (centro) e Jéssica Dias (Foto: Sagres TV)

Outro fator considerado pela nutricionista é a ausência de rotina causada pelo isolamento social, além de falta de atividades físicas.

“Nós vemos que na pandemia a rotina das pessoas mudou muito. Essa questão de não ter rotina dentro de casa, isso gerou um certo estresse também. Não fizeram atividade física, não mantiveram uma sequência. Isso também pode agravar cada vez mais o quadro da dor”, alerta.

Em março, a compra de analgésicos isentos de prescrição médica cresceu 62% no País em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Iqvia, empresa de consultoria do mercado de saúde e bem-estar.

“Esse remédio pode causar um alívio momentâneo, mas ele pode mascarar um certo problema futuramente, e pode se agravar depois, consequentemente”, afirma.

Uma das formas mais modernas de diagnosticar e tratar quadros de dor é por meio do exame conhecido como termografia médica. Nele, é utilizada uma máquina termográfica para medir a emissão de calor do corpo do paciente. Essas ondas de calor ajudam a identificar os locais de dor e fornece informações sobre os possíveis diagnósticos.

Evitando dores 

Em tempos de isolamento, mudanças de rotina, home office e estresse nas alturas, algumas medidas podem ajudar a prevenir a ansiedade e a dor. Veja algumas dicas do médico Gustavo Andriolo:

  • Tire um tempo para você. Aprenda e pratique técnicas de relaxamento, como massagem, meditação, ioga ou música;

  •  Procure ter sempre uma boa noite de sono;

  •  Muita atenção para sua alimentação. Mantenha uma dieta equilibrada e saudável, sem pular refeições;

  • Álcool e cafeína tendem a aumentar o nível de estresse e, portanto, devem ser evitados;

  • Mesmo em casa, pratique exercícios físicos e alongamentos diariamente. Isso ajudará a se sentir melhor;

  • Uma boa gargalhada e um sorriso no rosto ajudam muito a aliviar tensões;

  • Mantenha uma atitude positiva e de otimismo. Isso ajudará no enfrentamento da situação;

  • Técnicas de respiração podem ajudar a diminuir a ansiedade. Respire fundo, inspire e expire lentamente.

Confira a entrevista com Thainara Salatiel no Tom Maior #73 a partir de 01:35:00