Uma das maiores transformações aceleradas pela pandemia de Covid-19 no Brasil foi a intensificação do trabalho e do comércio pela internet. Essa “explosão de bytes”, trouxe soluções para muita gente que, de uma hora pra outra, viu seu comércio fechado ou seu emprego sob risco. Mas a digitalização do mercado e do trabalho traz desafios que precisam ser discutidos, como a segurança das informações que trafegam pela rede, os custos e a qualidade da internet que possuímos.

Quem sacou essa mudança foram os comerciantes da Rua 44, um polo de comércio têxtil que atrai gente do Brasil inteiro. E quem conversou comigo esta semana durante o Programa foi o administrador de empresas e presidente da AER – 44 Associação Empresarial da Região da 44, Christiano Câmara.

Os shoppings e galerias da região envolvem cerca de 150 mil empregos diretos. Há ainda milhares de confecções, transportadores e outros profissionais que abastecem essas lojas, gerando um mercado imenso com valores milionários.

Christiano lembra da reunião do setor produtivo com o governador Ronaldo Caiado em março de 2020, quando se decretou o fechamento do comércio. O que era pra ser duas semanas, se estendeu por 4 meses. “Um desastre!”, lembra. Antes, havia em torno de 15 mil pontos comerciais na região, e cerca de duas mil lojas encerraram suas atividades durante a pandemia.

Enquanto uns fechavam, outros voltaram seus olhares para a internet. “Foi um aprendizado forçado”. Hoje, diz Christiano, com todas as dificuldades, houve um crescimento da variedade de canais de exposição dos produtos vendidos na região. Isso foi o que possibilitou a sobrevivência dos negócios.

Dentro dessa nova era dos negócios, Christiano traz um termo até agora pouco conhecido, que é o omnichannel. Por mais estranho que possa parecer, omnichannel é simplesmente um termo que traduz o empresário de utiliza seus canais físicos e virtuais de forma integrada para vender seus produtos e serviços. O termo carrega outro neologismo consigo, que é o phygital, a união entre os meios físico e digital. Este termo derruba algumas previsões de que o meio físico desapareceria nas transações comerciais.

O que se vê, afirma Christiano, é um investimento conjunto em ambos os âmbitos, a partir do entendimento de que os consumidores trabalham nos dois meios para tomar suas decisões de compra. “Ele escolhe na loja e compra no digital, ou pesquisa o produto na internet e compra na loja física”, explica. Um exemplo é a Natura, que mudou sua estratégia de vendas e abriu várias lojas físicas no Brasil. O Grupo Novo Mundo foi pioneiro no omnichannel em Goiás, a partir do momento que passou a vender pelo mesmo preço nas lojas físicas e virtuais.

O presidente da Associação diz que a entidade está preparada e orienta os logistas com as melhores práticas. Cursos e parcerias estão no escopo de ações para potencializar toda a região. Quer saber mais? Assista a entrevista no link abaixo.

Este foi um programa alinhado com o Objetivo do desenvolvimento Sustentável 8 (ODS) que trata de trabalho decente e desenvolvimento econômico

Em tempo: falando em moda, voltamos com o quadro Faz Parte do Cenário com o estilista Theo Alexandre, que está de partida para São Paulo para desfilar sua coleção inspirada no estilo Art Déco de Goiânia. Vale a pena conferir.

Programa Completo

Temas abordados

– Como foi quando a pandemia fechou o comércio? https://youtu.be/2jGaZUefRro

– O que significa omnichannel? https://youtu.be/qPYYdygZe3U

– O conceito de phygital. https://youtu.be/f4okeHQQDWU

– As empresas mudam suas estratégias conforme o cliente. https://youtu.be/bv3ZFWgAkyo

– O logista tem apoio das suas entidades de classe. https://youtu.be/oX_IeNdMM7c

– FPC: Art Déco na moda: A arquitetura de Goiânia nas passarelas de São Paulo.