Nesta terça-feira (16), a Rádio 730 deu continuidade a sabatina com os candidatos ao governo do Estado de Goiás. O entrevistado foi Iris Rezende Machado (PMDB). Ele fez duras críticas ao governador e mais uma vez adversário pelo Palácio das Esmeraldas, Marconi Perillo (PSDB).

Iris Rezende imputa ao tucano a culpa pelo crescimento da violência no Estado. “Quando eu deixei o governo, Goiás era o 18º no ranking da violência no País. Hoje nós somos o quarto colocado. Isto é problema na administração estadual,” afirma.

Ouça a entrevista completa com Iris Rezende: {mp3}stories/2014/setembro/iris_rezende_16-09{/mp3}

O candidato do PMDB garante que se for eleito irá reduzir os índices de criminalidade no Estado e que resolverá também dos mandados de prisão que não foram cumpridos, especialmente aqueles devido a falta de vagas nas cadeias goianas.

Os problemas financeiros vividos pela Celg também foram alvos de críticas pelo peemedebista. Segundo ele, o Estado perdeu a capacidade de atrair empresas, e até, está perdendo algumas para estados como o Mato Grosso, Tocantins, Bahia e Piauí.

Caso Cachoeira
Iris Rezende destaca que o tucano Marconi Perillo perdeu o controle do Estado após vir a tona a operação Monte Carlo. “O governador perdeu a autoridade. Ele tem o poder na mão, mas todo mundo controla ele,” dispara.

Oposição
Para o peemedebista, a oposição não conseguiu agir como deveria diante da crise política vivida por Marconi Perillo após o caso Cachoeira. Ele rela que em uma reunião com 14 deputados da oposição disse ao grupo que eles perderam uma grande oportunidade diante da difícil situação administrativa pela qual passa o Estado.

Segundo Iris Rezende, a oposição no Estado diminuiu bastante nos últimos anos. Com isto, na Assembleia a única oposição que existe é a tribuna. O ex-prefeito de Goiânia também cita que a oposição não possui nenhum jornal no Estado, sendo este um fator que fortalece a administração de Marconi Perillo.

Mudança de lado
Alguns prefeitos do PMDB declararam apoio ao governador Marconi Perillo. O candidato Iris diz que entende a situação pois a pressão do governo estadual sobre os prefeitos da oposição é muito grande. “Eu não posso exigir que todos tenham a minha força”, cita.

Ainda sobre o tema, Iris lembra o caso de parlamentares que foram eleitos pelo PMDB em 1998, mas que mudaram de lado e aderiram ao governo Marconi Perillo. “Estes 13 deputados viraram pó político. Eles nunca mais foram eleitos,” cita.

Campanha
Iris Rezende conta que já percorreu mais de 100 cidades. Ele diz que o sentimento que tem da preferência dois goianos é bem diferente dos números apresentados pelos institutos de pesquisa. “Eu estou certo que de hoje até o dia 5 de outubro, nós vamos experimentar mudanças importantes nessas porcentagens publicadas,” sugere.

Segundo o candidato, o povo goiano tem no subconsciente um sentimento de mudança que irá aflorar no dia da eleição.

Sobre um provável segundo turno, Iris Rezende pede a união da oposição. Ele afirma que o futuro do Estado está acima dos interesses partidários.

Depois de mais de 50 anos envolvido na política goiana, o peemedebista garante que está será sua última candidatura, mas assegura que vai continuar atuando na política até o último dia de vida.