Momento da confusão no acesso aos vestiários durante o intervalo de Vila Nova x Atlético neste domingo (31) no Olímpico (Imagem: Nathália Freitas)

Os dirigentes goianos estão extrapolando os limites. As reclamações sobre a atuação dos árbitros em Goiás atingiram níveis inaceitáveis. É fato que aconteceram vários erros de arbitragem, neste campeonato. Mas o chororô dos cartolas é desproporcional.

Partiu do presidente do Atlético, Adson Batista, os primeiros ataques. Foi buscar no passado, os argumentos para atingir os árbitros e o principalmente o Goiás. Segundo Adson, o time da Serrinha historicamente sempre foi beneficiado pela arbitragem. Logo o Atlético que foi beneficiado em vários lances e que não tinha nenhum erro de arbitragem contra até o pênalti marcado para o Vila, ontem, 31.

Na esteira do Atlético, subiram Goiânia, Novo Horizonte, Goianésia, Crac e ontem o Vila Nova. O erro mais grave até agora foi cometido contra o Crac. O gol de Michael Paulista, marcado contra o Vila Nova no primeiro jogo das quartas de final, no estádio Olímpico, e anulado pelo árbitro FIFA, Wilton Pereira Sampaio, foi um escândalo. Fato reconhecido inclusive pelo Presidente do Vila Nova, Ecival Martins, em entrevista à Rádio Sagres. É o único time que supostamente pode ter ficado fora da semifinal devido ao erro de arbitragem. Proporcionalmente, o time mais prejudicado por erros de arbitragem foi o Goiânia. Mesmo assim se classificou e faz uma das semifinais da competição contra o Goiás. Portanto, entre os beneficiados e prejudicados por erros dos árbitros só o Crac pode lamentar.

Poucos dirigentes elogiaram, quase todos reclamaram dos árbitros. O presidente da Comissão de Arbitragem, Cel. Júlio César Mota, admitiu grande parte dos erros. Tomou providências. “Puniu” alguns árbitros.

O presidente da FGF, André Pitta, por conta dos erros dos árbitros, também sofreu duros ataques. O técnico do Crac, Ney da Matta, criticou duramente o presidente da entidade e o chamou de vilanovense. O presidente do Conselho Deliberativo do Goiânia, Ebrahim Arantes, também por este e outros motivos, chegou ao ponto de tratá-lo como funcionário do Goiás.

Ontem, 31/03, no clássico Vila Nova 1 x 1 Atlético, realizado no Estádio Olímpico, o árbitro André Luiz Castro, teve uma arbitragem polêmica. Cometeu erro nos lances capitais. A expulsão do zagueiro vilanovense Wesley Matos é questionável. De acordo com a regra 12 da Fifa: “Impedir uma oportunidade clara de gol” o árbitro precisa observar 4 itens: “A direção do gol;domínio da bola; posição dos defensores e a distância do gol”. Portanto, os 4 requisitos da regra não foram preenchidos completamente. A distância do gol era longa, porque a falta aconteceu no meio campo. O cartão amarelo poderia resolver o problema. Mas a aplicação do vermelho não foi um absurdo. Lance de interpretação. Não cabia a revolta exagerada dos dirigentes vilanovenses, que invadiram o campo, no intervalo do jogo onde ameaçaram agredir o árbitro. No gol anulado do Atlético assinaldo pelo Mike, a arbitragem acertou. O atacante Pedro Raul atingiu o zagueiro Luizão com uma contovelada. Falta que deveria ter sido punida com o cartão vermelho. O atleta rubro-negro não recebeu nem o amarelo. E o pênalti anotado para o Vila sobre o estreante Juninho não existiu. O zagueiro Lucas Rocha não atingiu a bola e nem o adversário. Conclusão, erros graves.

No entanto, estas falhas da arbitragem não poderiam ensejar o destempero dos dirigentes do Vila. O presidente Ecival Martins, que tem se mostrado um líder positivo, perdeu a compostura. Ameaçou o árbitro, acompanhado de outros diretores e funcionários. Numa entrevista à Rádio Sagres ameaçou tirar o Vila Nova do campeonato. Um absurdo! Mesmo no calor da emoção da partida, um dirigente da categoria do Ecival não poderia ter feito isso. Ficou ruim!

Ruim mesmo é esse jogo sujo fora de campo praticado pelos dirigentes dos clubes goianos. Não pode ser assim. A pressão sobre a arbitragem é injusta e descabida. Todos nós falhamos. Os árbitros são humanos. Os dirigentes falam uma coisa quando falam de solução para a violência nos estádios, para a falta de público e de patrocinadores, mas quando podem dar um bom exemplo, contraditoriamente saem da linha. Parem com isso! O discurso com palavras comove, o exemplo arrasta!

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