Ao contrário de muito setores industriais no Brasil, o farmacêutico vem apresentando um pujante crescimento nos últimos dois anos. E mesmo apesar da instabilidade econômica no país, esse mercado é cada vez mais impulsionado. No ano passado, o setor registrou crescimento de 11% e chegou a um faturamento de R$ 90 bilhões, conforme dados da Interfarma.

E a perspectiva é melhor ainda. Estimativas apontam que o mercado irá movimentar cerca de R$ 175 bilhões em 2023. Esse número colocaria o Brasil na quinta posição do ranking mundial de mercados farmacêuticos. Hoje, ele é liderado pelos Estados Unidos.

Há muitos motivos que explicam essa ascensão, como, por exemplo, o aumento da expectativa de vida da população, o crescimento do mercado de genéricos, o avanço da biotecnologia, uma maior preocupação com a saúde, além do constante lançamento de novos produtos.

Para dar continuidade no crescimento do setor, de acordo com um estudo publicado pela empresa de consultoria Boston Consulting Group (BCG), é preciso que as indústrias busquem alternativas criativas e eficazes. Como, por exemplo, de desenvolver medicamentos biológicos, biossimilares, promover uma inovação radical, através de novos produtos, incrementar e melhorar os produtos já existentes, e etc.

Resumindo, para a indústria mantenha esse crescimento acelerado, além de investimentos sólidos, elas vão precisar gerenciar fatores que influenciem  deforma significativa no cenário industrial, como a abertura de novas plantas dentro e fora do país.

Valter Luis Macedo de Carvalhaes Pinheiro é empresário do ramo farmacêutico