Há 12 anos, durante uma grande onda de imigração para o Brasil, Faysa Daoud percebeu que precisava fazer algo para ajudar aqueles que chegaram ao País. “Como imigrante e filha de refugiados palestinos, não podia ficar de braços cruzados. Sei exatamente o que é chegar a um país estranho e ter que recomeçar do zero”. O trabalho teve início com a ajuda de poucas pessoas, cresceu e logo foi criada a organização não-governamental (ONG) Refúgio Brasil, em Mogi das Cruzes, São Paulo.

 

 Foto: Reprodução/Sagres On

Agora, a Ong acaba de criar um escritório em Goiânia, que funciona em um espaço cedido pela Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (APBM/GO), na Rua José Dias, quadra 34, lote 1, Cidade Jardim, em Goiânia.

Quem vai coordenar o escritório é o Fernando Angulo, um colombiano que mora há 20 anos no Brasil. “A gente já vinha fazendo trabalhos em Goiânia há cerca de 6 meses, mas agora com o escritório, será intensificado. Aqui, imigrantes e refugiados poderão aprender Português, vamos ajudá-los a conseguir a documentação para estarem legais no País”. 

Uma das explicações para a instalação do escritório em Goiânia é uma onda, considerada uma das maiores da história, de vinda de imigrantes e refugiados, a maioria haitianos e venezuelanos. A Refúgio Brasil estima que nos últimos 2 anos, vieram para Goiás 15 mil imigrantes, que são aqueles que vêm em busca de melhores condições de vida, e mil refugiados, aqueles que precisaram fugir do país onde nasceram por causas como guerras, catástrofes naturais, perseguições política e religiosa. 

Segundo o diretor-executivo da Ong, Everton Lopes, o trabalho da Refúgio Brasil é feito em 3 etapas. “Socorro”, que é uma ação emergencial, para acolher, ajudar um local para morar e alimentação aqueles que acabaram de chegar. “Integração” que é ajudar os imigrantes e refugiados a aprender Português e a cultura local, ou seja, a se inserirem no dia a dia da cidade. Por fim, vem a etapa chamada “Consolidação”, caracterizada por encaminhamento para cursos profissionalizantes, para o mercado de trabalho, para que possam conseguir uma casa para morar. 

Esta semana, a Ong Refúgio Brasil vem fazendo reuniões, com a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Goiás, Fernanda da Silva Rodrigues Fernandes, com vereadores de Goiânia, e com empresário, tentando sensibilizá-los a contratar ainda mais imigrantes e refugiados. “São pessoas que estão ansiosas para recomeçar a vida, que se empenham, que, quase sempre estão bem qualificadas, e vão trazer grande retorno para as empresas que as contratarem”, afirma Faysa Daoud. 

A Ong disponibilizou o telefone (62) 9 8414 75 44 para contato. 

Confira a reportagem de Silas Santos

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