Com direito a olé da torcida presente no Maracanã, o Brasil atropelou a Espanha, no Maracanã, na decisão da Copa das Confederações, na noite deste domingo (30). Com dois gols de Fred e um de Neymar, os comandados de Luiz Felipe Scolari conquistaram o tetracampeonato da competição, sendo a terceira consecutiva. Anteriormente, a seleção canarinho levantou a Taça em 1997, 2005 e 2009.
O gol de Fred logo no primeiro minuto deu uma amostra clara à atual campeã mundial de que o domingo seria difícil no Maracanã. Assim como no Mundial de 1950, quando foi goleada por 6 a 1. Em momento algum a Fúria mostrou capacidade para vencer o time pentacampeão do mundo.
No final da partida, os espanhóis correm atrás dos brasileiros, como se coubesse a eles o papel do touro nas tão conhecidas touradas.
Primeiro tempo
O Brasil precisou apenas de um minuto para abrir o placar diante dos atuais campeões mundiais. Após cruzamento de Daniel Alves pela direita, Neymar dividiu com a zaga e sobrou para Fred, que mesmo caído tocou com a perna direita para o fundo das redes de Casillas.
Aos 7 minutos, a seleção brasileira quase ampliou o placar. Neymar serviu Marcelo pela esquerda. Ele tocou para Fred, que dentro da área ajeitou de calcanhar para Oscar. O meia do Chelsea bateu rasteiro à direita do goleiro espanhol, que apenas torceu para que fosse pra fora.
Após o bom início brasileiro, a Espanha conseguiu se assentar em campo e impor o seu estilo de jogo, com toques de bola curtos e tentativa de lançamentos diagonais, mas sem conseguir criar nenhuma grande oportunidade.
Quem chegou novamente com perigo foi o Brasil. Aos 31 minutos, a seleção saiu em rápido contra-ataque e Neymar serviu Fred, sozinho, na cara do gol. O atacante do Fluminense tentou deslocar Casillas que fez grande defesa.
A Espanha chegou com grande perigo aos 40, quando Mata serviu Pedro que tocou na saída de Júlio César. A bola iria para o gol se não fosse o pé esquerdo salvador de David Luiz que evitou o empate espanhol.
O troco brasileiro foi fatal. Após jogada trabalhada pela esquerda, Oscar serviu Neymar que bateu forte, de esquerda, no ângulo de Casillas, que nada pôde fazer para evitar o golaço do novo craque do Barcelona.
Segundo tempo
O Brasil começou a segunda etapa igual na primeira, com um gol de Fred logo a um minuto de jogo. Neymar tocou para Hulk que serviu o atacante do Fluminense na entrada da área pelo lado esquerdo. Com a tranquilidade típica dos artilheiros, ele bateu tirando do goleiro. Casillas bem que tentou, mas sem sucesso. Bola na rede e festa no Maracanã.
Aos 8 minutos, Navas tentou jogada pela direita, dentro da grande área. Marcelo tocou na perna do jogador espanhol e o árbitro deu pênalti para a Espanha. O zagueiro Sérgio Ramos bateu rasteirinho, mas a bola saiu à direita de Júlio César.
Mesmo tomando de três a zero, a Espanha não abriu mão de seu estilo de toque de bola, em que pese este não estivesse levando perigo ao gol brasileiro. Por sua vez, o Brasil marcava atrás da linha da bola e tentava explorar os contra-ataques.
Neymar foi lançado pela intermediária aos 23 minutos, quando o atacante limpou o zagueiro Piqué e saíram na cara do gol, foi derrubado pelo futuro colega de Barcelona. O árbitro Bjorn Kuipers, da Holanda, não pensou duas vezes e expulsou o defensor espanhol.
A Espanha levou perigo aos 35 minutos, quando Davi Villa ganhou de Luiz Gustavo e rolou para Pedro. Ele bateu cruzado de esquerda. Júlio César saltou para fazer grande defesa. O goleiro voltou a fazer grande defes quatro minutos depois em finalização de Davi Villa.
No final, o Brasil tocou a bola até que o árbitro apitasse o final da partida e a torcida explodisse no grito de campeão, ou melhor, tetracampeão da Copa das Confederações.
FICHA TÉCNICA: BRASIL 3X0 ESPANHA
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 30/6/2013, às 19h
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Gols: Fred (1’/1T); Neymar (44’/1T)
Cartões amarelos: Arbeloa e Sérgio Ramos (Espanha)
Cartões vermelhos: Piqué (Espanha)
Renda / Público:
BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Neymar e Fred (Jô). Técnico: Felipão
ESPANHA: Casillas, Arbeloa (Aspilicueta), Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Navas (Mata), Pedro e Torres (Davi Villa). Técnico: Vicente Del Bosque