A obesidade infantil é um problema de saúde pública que cresce silenciosamente e compromete o bem-estar e o futuro de milhões de crianças. Dados alarmantes indicam urgência de agir imediatamente para conter o avanço desse cenário.

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade, o Brasil pode ter 20 milhões de crianças obesas em 2035, um aumento preocupante em relação aos 15 milhões registrados em 2020. Paralelamente, a Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel) destaca o crescimento do consumo de alimentos ultraprocessados ​​e bebidas açucaradas entre crianças e adolescentes no país, fatores diretamente ligados ao ganho de peso.

A endocrinopediatra Dra. Marília Barbosa alerta para os impactos severos da obesidade infantil na saúde. “Crianças com obesidade têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, apneia do sono, doenças hepáticas e problemas ortopédicos, além de sofrer consequências psicológicas significativas”, explica.

Um especialista ressalta que a obesidade infantil é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Entre os principais fatores de risco, Dra. Marília destaca a má alimentação, o sedentarismo e a rotina corrida dos pais. Estudos mostram que uma criança com obesidade tem 75% de chances de se tornar um adulto obeso, e esse índice chega a 89% quando a obesidade persiste na adolescência.

Apesar da gravidade, a prevenção é possível e exige o comprometimento de toda a sociedade. “Família, escola e comunidade precisam trabalhar juntas. Oferecer refeições caseiras e nutritivas, promover a prática regular de atividade física, limitar o tempo de tela, garantir boas noites de sono e manter o acompanhamento médico são medidas essenciais”, orienta a médica.

Dra. Marília reforça que uma mudança deve começar agora. “Agir hoje é fundamental para construir um futuro mais saudável para nossas crianças.”

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 3: Saúde e Bem-estar.

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