A Prefeitura de Goiânia iniciou a última etapa dos serviços de construção do viaduto que integra o Complexo Viário Jamel Cecílio. No domingo (6), foi concluído o encabeçamento do elevado com a avenida do lado oeste, sentido Setor Sul; e na segunda-feira (7), teve início a execução do encabeçamento do lado leste, sentido GO-020. A previsão é concluir essa etapa e liberar o viaduto para o tráfego de veículos ainda antes do Natal.

O empreendimento, que receberá o nome de Complexo Viário Luís José da Costa, em homenagem ao cantor Leandro, morto em 1998, vítima de câncer, é composto por três elementos diferentes de engenharia, nos mesmos moldes do que foi construído no cruzamento da Avenida 85 com a Avenida T-63: o elevado, uma rotatória em nível e a trincheira, e cada um deles atenderá às respectivas vias de acesso.

A Avenida Jamel Cecílio vai passar pelo elevado sobre toda a obra; no nível da Alameda Leopoldo de Bulhões será construída a rotatória; e a Marginal Botafogo passará em trincheira por baixo de tudo.

A obra busca dar maior fluidez ao tráfego de veículos para a Jamel Cecílio e para a Marginal Botafogo e maior acesso a essas duas vias a quem está na Leopoldo de Bulhões, eliminando o semáforo de três tempos no cruzamento e destravando o trânsito.

O elevado na Jamel Cecílio dará fluxo direto para as pessoas que querem atingir a BR-153, a GO-020 ou os bairros e condomínios da região; a Marginal Botafogo vai realmente funcionar como uma via expressa, sem nenhuma interferência semafórica; já quem desce a Alameda Leopoldo de Bulhões terá acesso à direita para a Jamel Cecílio, ou à esquerda, para o Setor Sul, bastando fazer o contorno da rotatória e seguir ou retornar à própria Alameda.

Dessa forma, o trânsito vai fluir para todos os lados, sem interferência de sinaleiros. Além de maior mobilidade, a construção do Complexo Viário trará outros ganhos para a região, como um novo sistema de drenagem, paisagismo e iluminação.

Monumento

Devido à qualidade do solo, que acabaria por aumentar muito o custo da obra, o projeto do monumento a ser fixado ao lado do viaduto foi substituído. Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos, a instalação do monumento anteriormente pensado – estrutura em forma de mão dedilhando um violão – demandaria fundação e estrutura muito robustas, acarretando um custo altíssimo para a obra, fator que se torna inviável, principalmente, nesses tempos de pandemia.

A concepção do novo monumento representa o que o goiano tem de mais caro: a capacidade de acolher na primeira hora todos que aqui chegam ou por aqui passam. Nas palavras do arquiteto e projetista, idealizador da obra, Renato Cunha de Almeida “representa uma janela aberta para a cidade. A ideia é que todos possam se sentir acolhidos pelo monumento e desfrutar da paisagem urbana da nossa cidade”.

De acordo com o projeto, o monumento é estruturado por dois arcos que envolvem o novo viaduto e formam uma parábola despontando na paisagem cercada de prédios. Para dar elegância e leveza, a estrutura arrojada é constituída por treliças trapezoidais, cujo arco maior tem aproximadamente 30 metros de altura e o menor, 22 metros.

O monumento será construído em estrutura metálica em aço galvanizado revestido com chapas eletro fundidas e pintura à base de poliuretano, a iluminação será em Led, o que permite que ele receba diferentes cores durante a noite.

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Trincheira da rua 90

O Complexo Viário Sodino Vieira, mais conhecido como Trincheira da 90, também ganhará um monumento que será instalado envolvendo a adutora de água que passa sobre a Avenida 136.

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Também fruto do arquiteto e urbanista Renato Cunha de Almeida, o projeto é um presente doado à cidade e a concepção vem da grande transformação urbana pela qual Goiânia está passando com a construção do BRT Norte-Sul, sistema que está mudando a malha viária urbana e vai mudar o transporte público como conhecemos hoje.

A escultura projetada para o local é composta por duas estruturas metálicas arqueadas, sendo a maior com cerca de 35m de altura e a menor, 26 m. As duas são ligadas por 39 montantes que formam uma superfície chamada de Hiperboloide Parabólica e ganham características diferentes à medida que se contorna a praça.

“A cidade é um elemento dinâmico. E dentro desse conceito, desenvolvemos a proposta como uma analogia às mudanças, porque à medida que você contorna a praça você perceberá que o monumento vai tomando novas formas, diferentes olhares, de maneira que o observador terá sempre uma visão diferente do espaço”, ensina o arquiteto.

O monumento será revestido com chapas eletro fundidas e receberão pintura à base de poliuretano para proteger a estrutura da corrosão provocada pelo tempo. A base de concreto será também revestida com chapas metálicas para dar unidade à composição. Iluminação em Led.