Depois que conversei com a responsável pela implementação de estratégia de cooperação do PNUD no Brasil, Ieva, sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ficou a dúvida: o que podemos ver na prática? O que podemos olhar e perceber na nossa cidade que esteja caminhando para um desenvolvimento sustentável?

Vale lembrar que os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável envolvem educação, justiça, igualdade, equilíbrio ambiental e a busca pela paz. Estes objetivos exigem políticas públicas locais que envolvem governos, empresas e a sociedade civil organizada.

E o entrevistado desta semana no Programa Nosso Melhor foi justamente uma figura atuante no desenvolvimento de propostas para Goiânia e Goiás. Trata-se de Antônio Carlos da Costa, que além de Sócio Fundador da Tropical Urbanismo é Vice-Presidente do SECOVI e Vice-Presidente do Codese de Goiânia.

O ODS 17. Parcerias e meios de comunicação

A pergunta é essa: é possível pensar globalmente e agir localmente. A resposta foi um alto e bom “sim”, e que o primeiro passo para uma grande caminhada é saber o rumo para onde se vai. Antônio Carlos acredita que Goiânia deu um salto na qualidade de atendimento na saúde, enquanto que o problema da educação tem pressionado para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de todo o estado de Goiás. Antônio Carlos acredita que os investimentos corretos em educação básica, que representam o ODS 4, seriam capazes de alavancar a sociedade como um todo, alcançando os demais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O caminho, diz, está nas parcerias público-privadas.

O Plano Diretor é outro elemento chave para o crescimento sustentável de Goiânia. Antônio Carlos acompanha o assunto e acredita que o projeto contempla desburocratização, o novo marco do saneamento e avanços no campo energético. Defende a ideia dos planos de urbanização básica (PUB) e os planos de urbanização especiais (PUE), que preveem um ambiente de mobilidade e densidade a longo prazo, o que antecipa o planejamento do acesso a água, esgoto e resíduos sólidos, entre outros. Este modelo chegou a ser discutido no Plano Diretor de Goiânia, e nosso entrevistado espera que seja levado adiante.

A crise hídrica é o resultado da insustentabilidade do sistema de produção. Uma saída, diz, é fazer com que os produtores estoquem água na época de chuvas para liberar no período de seca, aliados à um investimento em agroflorestas. Desta forma, Antônio Carlos acredita que a segurança hídrica estará garantida com um custo muito baixo. “Precisamos mudar o viés da ocupação rural e liberar Goiânia da penúria da escassez de água”.

A conversa versou ainda sobre os seringais, preservação do cerrado, geração de empregos sustentáveis e muito mais. Quer assistir a conversa? Clica no link e confira:

Em tempo: no quadro Faz Parte do Cenário, conferimos como está a situação da pandemia de Covid na Itália, com a nossa amiga Aline Monique Abrantes Curado, que há 13 anos vive na bela região da Toscana e nos contou como eles têm enfrentado essa crise. Vale a pena conferir.

Programa Completo

Temas Abordados

– É possível pensar globalmente e agir localmente? https://youtu.be/X4gJFe_eak0

– Qual a boa prática que está presente em Goiânia? https://youtu.be/-BeBVqK9TdU

– Plano Diretor de Goiânia traz avanços? https://youtu.be/uOxJ7borIJQ

– Crise hídrica – é seguro esperar a água? https://youtu.be/3R4O1aCQ1No

– O cerrado vivo tem mais potencial que a agricultura extensiva. https://youtu.be/WP0famMJjYk

– Seringueiras: alcançar a sustentabilidade pode ser mais simples do que se imagina. https://youtu.be/AZE2gU-D6w0

– Covid no mundo – o cenário na Itália. https://youtu.be/gvGR5spwX-8