Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

OMS diz que um a cada três universitários tem problemas de saúde mental

Um estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), denominado World Mental Health Survey, revelou que aproximadamente 35% dos estudantes universitários enfrentam problemas de saúde mental. As principais preocupações entre esse grupo incluem ansiedade e depressão. Além disso, o levantamento demonstrou que a pandemia de Covid-19 afetou significativamente os acadêmicos brasileiros.

Segundo Máris Eliana Dietz de Oliveira, psicóloga e especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, as queixas relacionadas à saúde mental dos estudantes universitários abrangem uma gama mais ampla de questões.

Isso inclui transtornos alimentares, fobia social, ansiedade, depressão, nomofobia (dependência de dispositivos móveis), uso de substâncias como drogas e cigarros eletrônicos, entre outros problemas. “Principalmente, quem já sofreu bullying fica mais vulnerável. Todos esses problemas ficaram ainda mais evidentes após a pandemia da covid-19”, ressalta.

No mundo

No mundo, quase um bilhão de indivíduos enfrenta transtornos mentais. De acordo com a OMS, a incidência de ansiedade e depressão aumentou em 25% devido à pandemia. No mês dedicado à prevenção do suicídio, as estatísticas sobre a saúde mental dos brasileiros são motivo de preocupação. No Brasil, 26,8% da população recebe diagnóstico de ansiedade, enquanto 12,7% de depressão.

Esses números são do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel) deste ano, conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Os jovens fazem parte do grupo mais afetado pela ansiedade e o segundo grupo mais vulnerável à depressão no país. Além disso, curiosamente, eles também são os menos propensos a procurar ajuda profissional, com apenas um em cada oito jovens recebendo algum tipo de tratamento.

A especialista aponta a falta de informação sobre os problemas de saúde mental como uma das razões subjacentes ao baixo índice de busca por tratamento adequado. “Muitas vezes há um esgotamento que pode ser interpretado erroneamente como falta de interesse pelos estudos. Ou ainda a falta de orientação sobre apoio psicológico e resistência em admitir que tem problemas relacionados à saúde mental por medo de ser rotulado”, pondera.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem Estar

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