(Foto: Sagres on)

Em evento realizado neste domingo nas Nações Unidas, organizadores enfatizaram que a fome ainda é uma realidade no mundo.  
Mais de 20 milhões de pessoas da região nordeste da Nigéria, Somália, Sudão do Sul e Iêmen enfrentaram uma séria ameaça de fome em 2017. O número de subnutridos no mundo também aumenta, com 820 milhões de pessoas nesta situação no ano passado.

Fome 

O encontro Parceria para Combater a Grave Insegurança Alimentar, organizado pelo Banco Mundial e pelo Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, reuniu representantes de diversas agências da organização, ONGs a do setor privado. 

O secretário-geral António Guterres disse que um mundo sem fome é um objetivo básico que deve estar ao alcance de todos. Para ele,  a tecnologia avançada e o conhecimento da agricultura de hoje, é possível  “garantir o direito fundamental de todos à alimentação”.

O chefe da ONU enfatizou que “imagens angustiantes de pais segurando seus filhos desnutridos, desamparados diante da tragédia” não estão apenas no passado. Guterres lembrou que num planeta de tanta abundância, “uma pessoa em cada nove não tem o suficiente para comer” e que “cerca de 155 milhões de crianças são cronicamente desnutridas e podem sofrer os efeitos do nanismo por toda a vida”. 

Mecanismo de Ação da Fome

Entre as razões para o problema, o chefe da ONU citou o aumento de conflitos, a crescente desigualdade e o impacto das mudanças climáticas. Ele também alertou que sem acabar com a fome em todos os lugares, não será possível ficar satisfeito com os progressos da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável em lugar nenhum. 

Para Guterres, o Mecanismo de Ação da Fome, FAM na sigla em inglês, é uma ferramenta nova importante que ajudará a prever e assim, evitar a insegurança alimentar e a fome antes que eles tenham a chance de acontecer.