A Justiça Eleitoral do Paraná cumpriu no último sábado (3), uma operação de busca e apreensão na casa do candidato ao Senado Federal Sérgio Moro (União Brasil) para recolher materiais de campanha. Em entrevista à Sagres, o professor e cientista político Alexandre Azevedo afirmou que considerou a medida excessiva, mas que a ação está dentro da legalidade.

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“Qual foi o problema? O tamanho da letra do nome dos suplente. Foi apenas essa situação que determinou a busca e apreensão. Bastaria, no meu sentir, proibir a divulgação dos santinhos, com multa em caso de descumprimento e determinar também que a campanha do ex-juiz levasse esse material até a Justiça Eleitoral”, disse o professor.

Alexandre destacou que há pouco tempo não era exigido que o nome do suplente estivesse nos materiais de campanha, mas que houve uma mudança e o escolhido, pelo candidato, para assumir o cargo caso o vencedor das eleições não possa, deve aparecer até na urna eletrônica no momento da votação. “Exatamente para que o eleitor veja quem pode, eventualmente, suceder”.

O professor afirmou, inclusive, que essa busca e apreensão costumar ser corriqueira durante a campanha, caso algo errado seja encontrado. Porém, segundo o professor, isso é feito Comitê Central do candidato, mas Sérgio Moro colocou o endereço da própria casa como Comitê no registro da candidatura.

“Há que se observar essas situações para não criar clima. Muitos cientistas políticos estavam contando que isso pode ser um dos maiores marketings pró Moro, porque ele sai vitimizado dessa situação”, disse.

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