Goiás e Vila Nova vão se enfrentar pela Série B (Foto: Flickr/Vila Nova)

 

Algum dia você poderia imaginar que o clássico Goiás e Vila Nova poderia ser realizado nas circunstâncias em que chegam as duas equipes? Imagino que não!

Até então, eu não tinha visto em minha longa carreira de jornalista esportivo, uma disparidade tão grande.

O indiscutível poder financeiro, a invejável estrutura, os cobiçados salários pagos pelo clube esmeraldino não são suficientes pra alavancar a campanha da equipe no Campeonato Brasileiro, o que deixa dúvidas em relação à competência dos dirigentes na forma de administrar e da comissão técnica no modo de organizar a equipe e conseguir resultados.

Muito se fala na exuberância do dinheiro depositado nos cofres esmeraldinos – mais de 30 milhões deixados pelo ex-presidente Sérgio Rassi, após uma administração austera e negociação bem-sucedidas, envolvendo atletas como Érik e Bruno Henrique.

Os torcedores buscam saber de que forma esse dinheiro está sendo usado. Se foi na formação da equipe, usaram errado, pelo menos até aqui nada que justifique o investimento feito.

Contra o São Bento, no primeiro ponto conquistado neste Campeonato Brasileiro, Hélio dos Anjos escalou três jogadores que vieram de graça da Anapolina e que sequer foram apresentados. Nesse caso, sobrou uma boa grana.

O Vila Nova, ao contrário, chega em baixa financeira, problemas dentro da própria administração com alguns conselheiros e sócios buscando desestabilizar a administração do presidente Ecival Martins, mas, dentro de campo, o que se vê é uma equipe aguerrida, com jogadores comprometidos com o objetivo de vencer. São atletas escolhidos criteriosamente pela comissão técnica, que tem em Hermerson Maria o mentor, maior responsável pelo sucesso alcançado até aqui.

O clássico será realizado em condição totalmente adversas, um Vila até aqui impecável e um Goiás trôpego, o que não significa dizer que o favoritismo é todo do Vila Nova.