Com a pandemia do novo coronavírus, o período de internação tem causado aos pacientes momentos de ociosidade devido a restrição de visitas e acompanhantes. Pensando nisso, a coordenação multiprofissional do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia (Hugo) criou passatempos para pacientes aguardarem a recuperação de uma forma menos dolorosa. Em formato de livros, as atividades são distribuídas em todas as enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Com apoio da equipe, os cadernos de atividades são entregues acompanhados de giz de cera. O material é composto por desenhos para colorir, jogo da velha, caça-palavras, jogo dos sete erros, palavras cruzadas e um espaço em branco para quem desejar escrever os próprios pensamentos. O objetivo é entreter os pacientes e diminuir os efeitos negativos da hospitalização.
Para a coordenadora multiprofissional do Hugo, Andressa Arruda, com a ação a unidade consegue proporcionar aos usuários mais qualidade durante a internação. “Com o livro ‘Era uma vez… um céu de cores’ ofertamos aos pacientes um material lúdico de uso individual que melhora a ansiedade e a inquietação”, explica.
Andressa ressalta que o ócio pode despertar sensações negativas. Por isso, a importância do passatempo como um auxílio para os pacientes. “A ação melhora as condições para recuperação e propicia uma estadia mais confortável, durante o processo de tratamento e reabilitação”, afirma.
O paciente João Victor Almeida, de 19 anos, que está internado na UTI há sete dias para tratamento da Covid-19, recebeu o material. Para ele, utilizar o passatempo durante a internação e os cuidados diários é positivo. “Com o livro vou poder me distrair e ficar menos ansioso. A iniciativa é muito boa”, conta.
Maria Aparecida de Oliveira, de 57 anos, também aprovou a ação. A paciente está no Hugo há 21 dias e luta contra o novo coronavírus. “A gente fica nervoso e com ansiedade durante o tratamento. Com o livrinho distraímos a mente e as horas passam mais rápido. Fiquei muito feliz de receber”, revela.
De acordo com o Hugo, todos os livretos foram higienizados antes de serem colocados em embalagens individuais, para cumprir exigências estabelecidas no período pandêmico,. No ato da entrega, todas as embalagens também passam por um processo de sanitização com produtos químicos. Quando o paciente recebe alta, o material é recolhido e descartado para evitar contaminação.