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Rubens Salomão

Países do Brics buscam posição sobre financiamento climático na COP 30, diz negociador-chefe do Brasil

Os países que compõem o Brics tentarão chegar a um consenso para levar à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) uma posição única sobre o financiamento de ações climáticas, informou o negociador-chefe do Brasil no Brics, embaixador Maurício Lyrio. O Brics é um grupo que reúne diversos países, entre os quais o próprio Brasil, além de Rússia, Índia, China e África do Sul.

O governo brasileiro ocupa a presidência do bloco em 2025. Nesta semana, os negociadores dos países que integram o bloco vão se reunir em Brasília para discutir os temas prioritários estabelecidos pelo Brasil. Pretendem também buscar pontos de convergência para a cúpula de chefes de Estado, que acontece no Rio de Janeiro em julho. Segundo Lyrio, as estimativas dão conta de que são necessários US$ 1,3 trilhão para combater as mudanças do clima.

A COP em Baku (Azerbaijão), no ano passado, chegou ao valor de US$ 300 bilhões. O valor, segundo o governo brasileiro, é “muito aquém” do necessário e representou uma “decepção”. “Teremos a COP no segundo semestre, daí a importância de se conectar todos os processos: G20, Brics e COP”, afirmou Lyrio.  “Os países em desenvolvimento e emergentes não ficaram totalmente satisfeitos com os resultados de Baku. Em termos de financiamento e dada a necessidade de volumes mais altos de financiamento no combate à mudança do clima, os resultados foram modestos”, afirmou Lyrio.

BRICS MAURÍCIO LYRIO COP 30
Foto: Negociador-chefe do Brasil no Brics, embaixador Maurício Lyrio. (Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Brics

“Há o interesse dos países do Brics de reforçar a coordenação, durante a presidência brasileira, para levar uma posição conjunta sobre a questão do financiamento do combate à mudança do clima. Então, isso tem uma prioridade alta da presidência brasileira”, acrescentou.

COP 30

A COP 30 está marcada para novembro, em Belém (PA). O maior evento global sobre o clima, deverá reunir representantes de mais de 190 países, além de representantes de entidades ambientais e da sociedade civil. Uma das prioridades do governo brasileiro é discutir modelos de financiamento de ações climáticas.  A meta é garantir que países em desenvolvimento tenham os recursos necessários a partir de repasses, por exemplo, pelos países mais ricos, historicamente poluidores ambientais.

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*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudanças Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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