A greve de servidores públicos que trabalham no Instituto Médico Legal (IML) tem agravado a dor dos parentes de pessoas que morreram, e que aguardam a liberação dos corpos para velórios.

A dona de casa Francilene Azevedo Pereira esperava a liberação do corpo do genro, que foi assassinado durante a noite de domingo (27). Por volta das 11 horas desta segunda-feira (28), ela ainda não tinha previsão de quando o corpo seria liberado. “Eles apenas disseram que tinham outros três na frente,” contou.

Agenaro Cardoso da Silva estava no IML na manhã desta segunda-feira aguardando a liberação do corpo do filho, que foi assassinado no domingo.  Apesar da dor, ele reconheceu o movimento grevista. “Eles estão procurando o direito deles. Não podemos fazer nada,” disse.

A gerente do IML, Silvania Fátima Coelho, admitiu a demora e explica a causa. “ Por causa da greve a necropsia está sendo realizada somente das 8h às 18h,” revela. Aquelas pessoas que são encaminhadas para o IML após as 18 horas são periciadas somente na manhã do dia seguinte.

Os grevistas realizarão uma assembleia na próxima semana para debater o assunto, e uma possível finalização do movimento.